Após quase seis anos à frente do Banco Central, Roberto Campos Neto não escondeu de sua equipe o tom emocionado que tem embalado suas últimas semanas no cargo. No jantar em sua homenagem realizado na noite de ontem, o economista se comprometeu a sempre ser um defensor da instituição. E emendou: sua estadia à frente do BC, disse, “foi a fase mais feliz de sua vida”.
Quem esteve no evento viu um Campos Neto emocionado. O chefe do BC também contou à equipe sobre o dia em que encontrou sem querer com Affonso Celso Pastore no avião. O ex-presidente do BC, que faleceu no início deste ano, teria lhe dito que sempre fazia o que estava ao seu alcance para elogiar o Banco Central e seus funcionários. Essa “mistura de amor e respeito profissional”, segundo Campos Neto, seria sua inspiração.
O jantar na casa de uma funcionária do Banco Central teve pizza no cardápio, música e uma rodada de discursos. Em geral, o clima foi de confraternização e continuidade. A ideia de passagem de bastão guiou as falas, inclusive a do futuro presidente do banco, Gabriel Galípolo.