Uma criança de quatro anos passou por uma endoscopia digestiva para a remoção de um cadeado com as chaves no Hospital Regional Inácio de Sá, em Salgueiro, no Sertão de Pernambuco, após engolir o objeto durante uma brincadeira. O procedimento, realizado com sucesso na última sexta-feira (10), permitiu que o menino recebesse alta médica no mesmo dia.
Em entrevista à CNN nesta quarta-feira (15), a diretora médica Thaís Sampaio explicou como realizou o procedimento no garoto, que, tentando retirar as chaves do cadeado, perdeu o equilíbrio e acabou caindo e engolindo o objeto, de aproximadamente 5 cm.
“Foi um caso curioso, pois o objeto engolido era grande e poderia causar sérios danos, como uma obstrução intestinal”, contou a médica. “Graças ao novo aparelho de endoscopia, que recentemente foi disponibilizado pela Secretaria de Saúde, conseguimos realizar o procedimento”, complementou. Segundo a doutora, antes, os pacientes que precisavam da remoção de objetos engolidos eram submetidos a uma cirurgia ou precisavam ser encaminhados para o Recife, a 500 quilômetros de distância, para realizar o procedimento.
A equipe médica, composta pela Dra. Thaís Sampaio, o cirurgião de plantão, Dr. Nairton, e a anestesista Dra. Ingrid, conduziu a retirada do cadeado com sucesso. O procedimento foi realizado por meio de uma endoscopia digestiva, utilizando um dispositivo especializado para a captura do objeto.
“A retirada foi tranquila. Assim que entramos, já avistamos o cadeado no estômago, como mostrava o Raio-x. Usamos uma pinça especializada e uma cestinha, que chamamos de basket. Você tem uma pinça especializada para isso. E conseguimos retirar por via oral, sem nenhuma lesão. Não houve danos no estômago nem no esôfago, e todo o procedimento transcorreu na maior tranquilidade”, explicou a doutora Thaís Sampaio.Play Video
Após a remoção do cadeado, a criança foi liberada e recebeu alta no mesmo dia. “Normalmente, realizamos a retirada de pequenos corpos estranhos, como moedas ou partes de brinquedos. O que realmente chamou a atenção mesmo foi o tamanho do cadeado”, relatou a médica.