Os preços valorizados dos cafés arábica e robusta no mercado internacional e a perspectiva de oferta global apertada no próximo ano em relação à demanda tem estimulado os cafeicultores a investir mais na qualidade da sua produção e, consequentemente, a tomar mais recursos para financiar a safra 2025/26.
O presidente do conselho de administração da Cresol Minas Gerais, João Paulo Dias da Fonseca, diz que a carteira da cooperativa de crédito cresceu em torno de 50% em regiões onde se concentra a produção de café, como a Zona da Mata Mineira.
“Na Zona da Mata temos uma carteira de crédito rural de quase R$ 400 milhões. Praticamente 80% desse valor está investido na atividade cafeeira. Os produtores estão estimulados a investir mais nesta safra”, afirmou Fonseca.
A maior parte dos recursos tomados até o momento são destinados ao custeio de safra, segundo o executivo.
A Cresol foi a terceira cooperativa em desembolsos de crédito rural na safra passada, tendo emprestado R$ 11 bilhões, em 130 mil operações, 80% mais que no ano safra anterior.
Para o ciclo 2024/25, iniciado no segundo semestre deste ano, a cooperativa espera desembolsar R$ 15 bilhões em crédito rural.
Um dos principais focos, segundo Fonseca, é atender o pequeno produtor rural.
A cooperativa também tem investido na sua expansão física. A Cresol possui 890 agências em 19 Estados e 900 mil cooperados.
A meta é chegar a 1,5 mil agências e 1 milhão de cooperados até 2030.