Lançado em março, o programa Crédito do Trabalhador já emprestou cerca de R$ 30,2 bilhões para trabalhadores do setor privado. Desde então, 6,2 milhões de contratos já foram firmados.
Na última quinta-feira (21), a primeira reunião do Comitê Gestor das Operações do Crédito do Trabalhador aprovou o regimento interno do programa. Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, a redução da taxa de juros média está entre as pautas do colegiado.
“Acredito que, quando entrarem os 4 milhões de contratos de consignados antigos, os juros serão puxados para baixo”, diz Marinho.
A migração dos contratos antigos de crédito consignado, que somam mais de R$ 40 bilhões, já está em andamento para o Crédito do Trabalhador. O processo deve ser concluído até novembro.
Dados do Ministério do Trabalho e Emprego mostram que a taxa de juros média das operações está em 3,59% ao mês. O valor médio contratado por trabalhador é de R$ 7.179,18.
A partir de novembro, também passará a vigorar a garantia de até 10% do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para operações de crédito do programa. Com a entrada do mecanismo, o governo também espera uma redução na taxa de juros.
De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, 60% dos empréstimos do Crédito do Trabalhador estão concentrados em profissionais que recebem até quatro salários mínimos. No modelo antigo por convênio, porém, 65% dos beneficiários tinham renda superior a oito salários mínimos.
Podem se beneficiar do programa trabalhadores com carteira assinada, inclusive trabalhadores rurais e domésticas, além de MEIs (Microempreendedores Individuais).
Por ser crédito consignado, a parcela do empréstimo é debitada diretamente da folha de pagamentos do trabalhador. Para evitar o comprometimento da renda, a parcela não pode ultrapassar 35% do salário.