A Conmebol abriu nesta quinta-feira (3) um procedimento disciplinar para apurar uma denúncia de mais um ato racista cometido durante a Libertadores.
Na última quarta-feira (2), o jornalista Gabriel Sá publicou, no X, um vídeo que mostra um membro da torcida do Talleres fazendo gestos de macaco para os torcedores do São Paulo que estavam no estádio Mario Alberto Kempes, em Córdoba, na Argentina.
Segundo o jornalista, o vídeo foi enviado por um torcedor do São Paulo, mas oficialmente não houve reclamação sobre a ocorrência e nem o protocolo da Fifa contra racismo foi acionado.
O artigo 15 do Código Disciplinar da Conmebol, que trata exclusivamente de episódios de discriminação, prevê multa de pelo menos 100 mil dólares para clubes “cujos torcedores insultarem ou atentarem contra a dignidade humana de outra pessoa ou grupo de pessoas, por qualquer meio, tendo como motivo a cor da pele, raça, sexo ou orientação sexual, etnia, idioma, credo ou origem.” E, em caso de reincidência, o infrator poderá ser punido com multa de 400 mil dólares.
Apesar disso, a Comissão Disciplinar pode aplicar sanção inferior à prevista levando em consideração todos os fatores relevantes do caso. Assistência, grau de colaboração do infrator e identificação dos torcedores são exemplos de fatores que podem levar a uma diminuição da punição.
Além da multa, os casos de racismo podem levar a outras punições, caso o Órgão Judicial competente assim o queira. O artigo cita como exemplos: “sanção de jogar um ou vários jogos à baliza fechado, fechamento parcial do estádio, proibição de entrada de torcedores e exposição mensagens contra a discriminação”.
