O Brasil abriu 131.811 vagas de emprego formal em maio, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Segundo o ministério, o dado de maio foi principalmente impactado pelas demissões no Rio Grande do Sul, em razão da calamidade pública que assola o estado. Os desligamentos somaram 22,1 mil no estado gaúcho.
O número é 15,35% menor que o registrado no mesmo mês do ano passado.
O saldo de abril considera 2,11 milhões admissões e 1,98 milhão de desligamentos no mês.
Maio foi o terceiro mês seguido de retração e também o pior resultado desde dezembro do ano passado, quando o Caged registrou variação negativa de 448 mil vagas.
No acumulado do ano, o país tem saldo positivo de 1,08 milhão de postos de trabalho, desempenho melhor do que no mesmo período do ano passado, quando o resultado ficou em 874,2 milhões.
“Vamos continuar monitorando a situação. Estamos acompanhando essa fase de reconstrução com o governador do estado, com o ministro Paulo Pimenta”, disse Luiz Marinho.
“Quando tiver a retomada das obras, das construções, a tendência é a economia voltar a girar no estado e voltar a termos números positivos, talvez na divulgação de setembro”.
Serviço lidera fomentação de emprego
O setor de serviços puxou com folga a criação de empregos em maio, com 69,3 mil vagas. Na sequência, agropecuária somou 19,8 mil.
Construção e indústria ficaram praticamente empatados, com 18,1 mil cada, enquanto o setor do comércio teve saldo positivo em 6,3 mil.
Entre os estados brasileiros, São Paulo foi líder na criação de emprego, com 42,3 mil postos. Atrás aparecem Minas Gerais e Rio de Janeiro, com resultados de 19,4 mil e 15,6 mil, respectivamente.
Na ordem inversa, Rio Grande do Sul teve saldo negativo de 22,1 mil pontos, seguido por Amapá (316) e Tocantins (527).
Salário segue estável
Os dados de maio mostraram que o salário médio real de admissão se manteve estável em comparação aos meses anteriores. Para trabalhadores do sexo masculino, o valor ficou em R$ 2.217,72, enquanto mulheres receberam R$ 1.012,82.
Caged x Pnad
A metodologia utilizada para o cálculo do Caged considera apenas os trabalhadores com carteira assinada e não inclui os informais.
Os dados do Caged são informados por empresas do setor privado, enquanto a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é feita por meio de uma pesquisa domiciliar, na qual também é contabilizada os trabalhadores informais.
Assim, não é possível comparar os dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego com os números de emprego que constam na Pnad.
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