A pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT está finalizando um mapa eleitoral para a disputa de 2026, com foco especial no Senado.
No próximo dia 9, um grupo de trabalho dedicado às eleições de 2026 deverá fechar esse material que será apresentado ao Diretório Nacional do PT e, em seguida, ao próprio Lula. Será do presidente a última palavra sobre quem o governo apoiará para em cada disputa estadual.
Após o aval de Lula, o partido pretende discutir, ainda neste ano, condições para que tenha chances de se viabilizar eleitoralmente, por exemplo, com as pesquisas de opinião para avaliar as escolhas junto ao eleitorado.
Avaliação interna de dirigentes petistas aponta um risco iminente de crescimento da bancada da oposição.
Atualmente, o governo considera haver 25 senadores com esse perfil, ou seja, que não votam com o governo em nenhuma hipótese, sendo que 17 sairão à reeleição.
A oposição planeja emplacar outros 16 nomes competitivos. Se der certo, o cálculo permitirá aos partidos de direita a maioria, com 41 vagas.
No caso da esquerda e aliados, a ideia é apoiar a reeleição de governistas e, em outros casos, buscar nomes que estejam alinhados com as ideias do governo, a exemplo da defesa pela democracia e a independência entre os Poderes.
Para o presidente do GT petista sobre eleições, senador Humberto Costa (PT-PE), a investida no Senado refletirá um ambiente mais brando ao governo.
“É muito importante que a gente possa ter um ambiente diferente do que teve até agora. O tempo inteiro essa relação [Legislativo x Executivo] entre tapas e beijos.”, disse.
Nesse domingo (1), Lula da Silva (PT) disse que a esquerda precisa de “maioria no Senado”, caso contrário, a oposição irá “avacalhar” o Supremo Tribunal Federal (STF).
“Em 2026 precisamos eleger senadores da República. Porque se esses caras elegerem a maioria dos senadores, vão fazer uma muvuca nesse país.”, afirmou
A CNN mostrou que Lula foi alertado de que o cenário para a esquerda é adverso nas disputas legislativas, ainda em setembro do ano passado.
Em 2022, mesmo com a vitória do petista, o PL, de Jair Bolsonaro, fez a maior bancada partidária na Câmara dos Deputados.
À época, o conselho de aliados ao presidente era de o governo apoiar sempre dois nomes nos estados: um de esquerda, outro de centro. Assim, teria a opção de fazer pelo menos um senador aliado em cada unidade federativa do país.