A colheita de milho continua avançando em ritmo mais acelerado na comparação com o ano anterior, favorecida pelo clima quente e seco na maior parte das regiões produtoras. Segundo levantamento da AgRural, a colheita de milho safrinha atingiu na quinta-feira (20/6) 34% da área cultivada no Centro-Sul do Brasil, de acordo com levantamento da AgRural. Há uma semana, estava em 21% e, há um ano, em 9%.
Segundo a consultoria, essa colheita é a mais rápida desde 2013, quando a AgRural começou a fazer os levantamentos semanais. O ritmo forte é puxado por Mato Grosso e Paraná.
Até o dia 16 de junho, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), as médias nacionais das colheitas de primeira e segunda safra atingiram 88,1% e 13,1%, respectivos avanços de 1 ponto percentual (p.p.) e 7,8 p.p., em relação à temporada anterior.
Em relação aos preços, o indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, baseado na região de Campinas (SP), registrava na sexta-feira (21/6) a cotação média de R$ 58,13 a saca de 60 quilos, queda de 2,07% desde o início de junho.
Apesar do aumento de oferta, levantamento do Cepea mostra que os negócios seguem lentos no spot nacional. De um lado, há um menor interesse de consumidores, que aguardam maiores desvalorizações com o andamento da colheita e/ou priorizam o recebimento dos lotes negociados antecipadamente.
De outro, há a retração de vendedores de algumas regiões, que focam na colheita e seguem atentos à possível queda de produtividade devido ao clima adverso durante o desenvolvimento. Pesquisadores do Cepea ressaltam, ainda, que produtores também esperam aumento da demanda externa para as próximas semanas.