Na sessão da Câmara Municipal de Palmas, realizada nesta quarta-feira (29/10), a vereadora Thamires Lima, do Coletivo SOMOS, fez um discurso incisivo em defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e contra a política de segurança pública adotada por governos estaduais da direita.
O pronunciamento foi uma reação direta ao elogio feito por um vereador à Polícia Militar de Goiás, comandada pelo governador Ronaldo Caiado (UB). Thamires rebateu lembrando que Goiás ocupa a 4ª posição entre as polícias mais letais do Brasil, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Para a parlamentar, não é possível normalizar a violência policial como sinônimo de eficiência. Ela destacou ainda que o Tocantins pode ser uma referência melhor do que a do Estado vizinho, mas enfrenta desafios sérios, principalmente no campo da saúde mental dos policiais, muitos dos quais sofrem adoecimento e, em casos extremos, chegam ao suicídio.
Ao abordar o Rio de Janeiro, Thamires ressaltou que desde o final da década e início dos anos 2000 (mais de 25 anos) o estado é governado pela direita. Hoje, todos os seus senadores, a maioria dos deputados e vereadores pertencem a esse campo político. “São eles que comandam a segurança pública e as polícias Civil e Militar. Não faz sentido transferir responsabilidades quando foram essas gestões que sustentaram por décadas um modelo baseado na violência e no desprezo pela vida”, afirmou.
Sobre a informação dita pelo mesmo vereador de que Lula não deu importância para um pedido do Governo, a vereadora também lembrou que o governo federal não recebeu qualquer pedido formal de apoio do governador do PL, embora toda a estrutura estivesse disponível, coordenada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e pelo ministro da Justiça Ricardo Lewandowski.
Em contraponto, Thamires defendeu a atuação do presidente Lula, citando a Operação Quasar, chamada por ele de “a maior operação contra o crime organizado da história”, conduzida pela Polícia Federal, Receita Federal e Ministério Público. A operação bloqueou bilhões, desmontou esquemas financeiros complexos e atingiu facções como o PCC.
“De um lado, vemos a política da bala e da espetacularização da morte. Do outro, um governo federal que combate o crime com inteligência, integração e respeito à vida. É preciso escolher de que lado estamos”, concluiu.







