Os bebês reborn, bonecos hiper-realistas que simulam recém-nascidos, têm conquistado um público diversificado, abrangendo desde crianças até idosos.
Em entrevista à CNN, a artesã Bruna Graciotto, especialista na criação desses bonecos, afirmou que não há limite de idade para se tornar “mãe” de um bebê reborn ou para colecioná-los.
“Eles são usados por vários motivos”, explica a artesã, destacando a variedade de propósitos que levam as pessoas a adquirir esses bonecos.
Entre as razões apontadas por Graciotto para a aquisição dos bebês reborn, estão:
- Colecionismo: Algumas pessoas os adquirem simplesmente pelo prazer de colecionar.
- Nostalgia: Mães que desejam relembrar a época em que seus filhos eram bebês.
- Luto: Indivíduos que perderam seus filhos e encontram conforto na presença dos bonecos.
A artesã enfatiza que cada cliente tem uma motivação única, tornando o universo dos bebês reborn um fenômeno complexo e multifacetado.
Impacto psicológico
Segundo o psiquiatra Daniel Barros, o apego a esses bonecos não é um fenômeno recente, existindo há mais de uma década.
Barros ressalta que as pessoas costumam se apegar a diversos objetos, como canetas e livros, e que o caso dos bebês reborn não é diferente.
O psiquiatra enfatiza que, na maioria dos casos, as pessoas que dão nomes e até documentos aos bonecos estão apenas brincando e não perderam o contato com a realidade. “Elas não perderam o contato com a realidade, elas estão brincando”, afirma Barros.
No entanto, o especialista alerta que a situação se torna preocupante quando a pessoa passa a acreditar que o boneco é real. “O problema está quando a pessoa coloca uma realidade que não existe, que ele [o bebê reborn] é realmente o seu filhinho e que ele precisa de cuidados.”. Contudo, reforça que não acredita que essas pessoas sejam maioria.