A Bolsa de Comércio de Rosário reduziu em 2 milhões de toneladas sua estimativa para colheita de milho na Argentina, para 46 milhões de toneladas. A estimativa para soja foi reduzida em 5 milhões de toneladas, para 47,5 milhões de toneladas.
A razão é que o tempo seco por meses afetou a produtividade média das lavouras.
“A falta de água limitou seriamente o crescimento e o número de brotos, e o calor assumiu o centro das atenções em épocas muito sensíveis para a soja de primeira safra, forçando o aborto de flores e vagens e a perda de folhas e plantas”, escreveu a bolsa, em relatório.
A safra de soja argentina vive dias importantes: o que acontecer com as chuvas nos próximos dez dias será crucial para dar um piso à campanha e evitar novos cortes, completou o texto.
Quanto à soja de segunda safra, a situação continua muito delicada. A onda de calor causou danos generalizados na região dos Pampas. Os rendimentos potenciais caíram de 30% a 70% e há inúmeras áreas que não serão colhidas.
Quanto ao milho, a bolsa esclareceu que as perspectivas iniciais eram muito boas, com até 52 milhões de toneladas, mas o tempo seco prejudicou muito o rendimento dos campos.
“O cultivo continua gerando preocupações. Nas primeiras safras, principalmente as plantadas em outubro, o calor e a falta de água atingiram duramente os dias críticos, resultando em espigas muito pequenas. Nas plantações tardias, a floração está ocorrendo nestes dias, por isso as chuvas dos próximos dez dias também são fundamentais para sustentar a estimativa de milho, especialmente na faixa central e, em particular, em Córdoba e no norte do país — este último passando por uma situação muito delicada.”