Em Brasília para discutir projetos na área da segurança pública, nesta segunda-feira (4/11), o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), se reuniu com o presidente do partido União Brasil, Antônio Rueda. O encontro ocorre em meio ao debate sobre o aumento da violência no estado fluminense e às discussões sobre o modelo de atuação das polícias em comunidades.
Rueda classificou a reunião como “uma excelente conversa” sobre o enfrentamento ao crime e o zelo pela segurança, a paz e a vida da população do Rio de Janeiro.
“Sabemos que não é possível retroceder. O endurecimento contra a criminalidade é o único caminho para que o Estado possa construir uma nova história, na qual os criminosos não sejam mais os protagonistas”, escreveu o presidente do União Brasil nas redes sociais.
Nos bastidores, o encontro também é visto como um gesto político. PL e União Brasil têm mantido diálogo sobre alianças regionais e possíveis recomposições de força para as eleições de 2026. A aproximação pode sinalizar uma tentativa de unir partidos do Centrão em torno de pautas de “lei e ordem”, que ganham espaço no cenário eleitoral.
O relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da segurança pública, deputado Mendonça Filho, do União Brasil, pretende apresentar um parecer na segunda quinzena de novembro que agrade tanto o governo quanto a oposição. O desafio, porém, é grande: parlamentares da ala direita defendem maior autonomia dos Estados, enquanto a esquerda busca um enfoque mais federalizado para o tema.
Castro ainda deve se encontrar com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
Nessa segunda-feira (3/11), o governador do Rio esteve com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. No domingo (2/11), o magistrado determinou a preservação integral de todos os elementos materiais relacionados à megaoperação deflagrada nos complexos do Alemão e da Penha, contra o Comando Vermelho (CV), ocorrida em 28 de outubro.
A conversa, a pedido do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH), ocorreu para que Castro expusesse os detalhes da megaoperação que deixou 121 mortos, sendo quatro policiais.
Atualmente, Mores é o relator temporário da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 635, ação conhecida também como ADPF das Favelas, que monitora o problema da letalidade policial no Rio de Janeiro.







