Caso Eloá – Refém ao Vivo é o novo documentário da Netflix que revisita um dos crimes mais chocantes do Brasil. A produção, que estreia na plataforma em 12 de novembro, relembra em detalhes o sequestro e o assassinato de Eloá Pimentel, ocorrido em 2008, quando a jovem tinha apenas 15 anos.
Eloá foi mantida refém pelo ex-namorado Lindemberg Alves, de 22 anos, em Santo André, São Paulo. O caso mobilizou o país: foram 100 horas de negociações com a polícia, que tentou de todas as formas resgatar a adolescente com vida e impedir o desfecho trágico.
Em entrevista ao Metrópoles, a diretora Cris Ghattas e a produtora Veronica Stumpf contaram bastidores da produção. De acordo com elas, o principal objetivo do documentário é dar voz a Eloá e refletir sobre a violência contra a mulher e o feminicídio.
“Quando essa história chegou até nós, eu a abracei com muito amor. Achei que precisávamos revisitar esse caso e dar voz a essa menina. Ela foi negligenciada de todas as formas, e era importante que a gente falasse sobre isso”, refletiu Veronica Stumpf.
“Quando olhamos para uma história como essa, que se repete, temos a oportunidade de rever nossos papéis — como comunicadores, policiais, líderes, pais, educadores, como sociedade e como imprensa. É muito importante e válido ter esse olhar crítico e distanciado para entender melhor a nossa história e encontrar formas de seguir adiante”, acrescentou Cris Ghattas.
As responsáveis pelo documentário também destacaram a importância de dar voz à família de Eloá, que lida até hoje com a perda trágica da jovem. “Muito se falou sobre o assassino e o papel da imprensa, mas nunca sobre a vítima. Este documentário mostra a dor dessa família, o que eles enfrentaram depois e quem era essa garota — seus sonhos, desejos e planos para o futuro”, ressaltou Veronica.
Caso Eloá – Refém ao Vivo apresenta entrevistas inéditas com os pais e irmãos de Eloá. Para Cris Ghattas, o contato com a família foi uma das etapas mais marcantes e essenciais da produção.
“Nós trazemos a voz da Eloá por meio da família, dos amigos, das pessoas que nunca foram ouvidas. O Douglas, por exemplo, o irmão mais novo dela, chegou até nós no início do processo e disse: ‘Eu nunca dei uma entrevista desde a morte da minha irmã. Vai ser a primeira vez que vou falar sobre isso. Eu nem sei o que vai acontecer’”, contou a diretora.

Sobre o documentário
Caso Eloá – Refém ao Vivo relembrará o sequestro de Eloá Pimentel, que foi mantida refém e assassinada pelo ex-namorado Lindemberg Alves quando tinha apenas 15 anos. A adolescente permaneceu em cárcere dentro de um apartamento em Santo André, São Paulo, por mais de 100 horas, em 2008.
O crime chocou o país ao ser transmitido ao vivo por emissoras de TV, que exibiram as negociações entre Lindemberg e a polícia, culminando em um desfecho trágico. Após quatro dias de tensão, Eloá foi baleada pelo sequestrador. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e teve morte cerebral.
O documentário traz depoimentos inéditos dos pais de Eloá, do irmão Douglas e da amiga Grazieli Oliveira, que falam publicamente sobre o caso pela primeira vez. A produção também conta com relatos de jornalistas e autoridades que acompanharam o crime.
Além disso, o filme, que estreia na Netflix em 12 de novembro, revela detalhes do diário de Eloá.







