Um indivíduo de 62 anos, apontado como autor de uma série de abusos praticados contra sua própria neta, em Miranorte, foi indiciado pela Polícia Civil do Tocantins. O inquérito instaurado pela 66ª Delegacia de Polícia de Miranorte para apurar as circunstâncias do crime hediondo cometido contra uma adolescente de 15 anos, foi concluído nesta quinta-feira, 15. A conclusão faz parte das ações da operação Caminhos Seguros, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O delegado-regional de Paraíso do Tocantins e responsável pelo caso, José Lucas Melo, informou que os fatos ocorreram em 2023, quando a vítima, então com 13 anos, passou um período de tempo morando com os avós. Os abusos eram praticados na residência da família, quando os demais moradores estavam ausentes. Em razão do fato, a vítima terminou por deixar a casa e buscar refúgio em outro estado, tendo passado a residir com a família paterna.
As investigações da Polícia Civil tiveram início quando a vítima procurou o Conselho Tutelar do município em que reside atualmente e relatou sobre os abusos que sofreu por parte do avô. Em seguida, o órgão comunicou os fatos à Polícia Civil do Tocantins. Após o período investigativo, as equipes da 66ª DP reuniram fortes indícios do cometimento do crime, sendo o indivíduo formalmente indiciado por estupro de vulnerável. A pena máxima para esse tipo de crime é de 15 anos na forma continuada e ainda com aumento de pena por ser parente da vítima.
O delegado José Lucas Melo frisa que é muito importante que os pais, familiares e demais responsáveis estejam sempre atentos e vigilantes quanto ao comportamento das crianças e adolescentes, bem como estabeleçam sempre um canal de diálogo saudável, onde eles se sintam confiantes para falar e, se for o caso, denunciar situações de abusos, que na maioria das vezes, acaba ocorrendo no próprio seio familiar.
“O medo de denunciar ainda é um dos grandes problemas para a plena atuação investigativa da Polícia Civil em casos que envolvem abusos sexuais de crianças e adolescentes. No entanto, qualquer suspeita deve ser informada à Polícia Civil que é quem tem o dever de apurar e comprovar os fatos, garantindo sempre a segurança e a integridade das vítimas”, pontuou a autoridade policial.