O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil) lançará sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto, na próxima sexta-feira (4), na Bahia, ainda sob protestos no próprio partido.
Interlocutores da cúpula do União Brasil afirmam que Caiado não tem unidade entre caciques da sigla e definem o movimento antecipado como arriscado para a imagem do governador.
Como antecipou a CNN, entre os que resistem dentro da legenda, está o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (AP), que rejeitou convite do governador para participar do lançamento da pré-candidatura.
O ex-líder do partido na Câmara e deputado Elmar Nascimento (BA) também não estará presente. O parlamentar baiano é citado em investigações sobre desvio de emendas.
Para políticos do União, o movimento de Caiado atrapalha as negociações do partido para 2026 e avaliam que a candidatura não se sustentará até o próximo ano.
Antonio Rueda, presidente do União Brasil, chegou a ser aconselhado por nomes próximos a postergar a candidatura de Caiado, mas não houve sucesso.
Para os que defendem cautela, há sempre a lembrança de que o partido ocupa três ministérios no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Com apoio das bancadas no Congresso Nacional, integrantes do partido que compõem a Esplanada, como Juscelino Filho (Comunicações) e Celso Sabino (Turismo), querem que o partido continue com Lula na próxima eleição. Eles ainda se colocam à disposição para ocupar o posto de vice em uma disputa presidencial.
