Os contratos futuros de café arábica começam a semana em alta, na bolsa de Nova York, ainda apoiados nos problemas de oferta do Brasil. A cotação dos papéis para maio, os mais negociados, é de US$ 4,006 a libra-peso, com alta de 2,35%.
A Archer Consulting afirmou em relatório que o país terá pouco grão disponível para exportar em 2025/26. “Se a safra brasileira 2025/26 do café arábica vier mesmo abaixo dos 34,70 milhões de sacas (lembrando que a Conab estima 51, 80 milhões de sacas, sendo 34,70 milhões de sacas de arábica e 17,10 milhões de sacas de robusta) então os preços deverão continuar muito firmes pelos próximos 12 a 18 meses”, destaca o boletim.
A consultoria diz que, considerando que o estoque de passagem será praticamente zerado e o consumo interno ficará em 21,50 milhões de sacas, então o Brasil terá 30,30 milhões de sacas para exportar durante o próximo ano-safra julho-25/junho-26, uma redução de 14,50 milhões de sacas em comparação a 2024/25.
“Mesmo se a safra brasileira vier ao redor dos 55 milhões a 60 milhões de sacas então o Brasil terá produto disponível para exportar entre apenas 30 milhões a 38 milhões de sacas”, alerta a consultoria.
O cacau também começa a semana em forte alta de 2,87%, com os lotes com entrega para maio a US$ 7.928 a tonelada.
Nos negócios do algodão em Nova York, os lotes com vencimento em maio operam estáveis, depois de cinco pregões em queda, a 65,27 centavos de dólar por libra-peso. E os de açúcar demerara recuam 0,81%, a 19,56 centavos de dólar por libra-peso.