O café arábica iniciou as negociações da bolsa de Nova York desta quarta-feira (16/7) em alta, após recuar 1,49% ontem. Os contratos futuros com entrega para setembro avançam 2,46%, negociados a US$ 2,9740 por libra-peso.
Segundo o presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), “o Brasil está em plena colheita e os fundamentos para formação de preço ainda são incertos”.
Segundo ele, há um grande efeito das tarifas de importação aplicadas pelos EUA aos produtos brasileiros. “Esperava-se que os preços recuassem de imediato, pois a tarifação poderia inibir o consumo. Entretanto, o que se viu foi uma alta acentuada na bolsa de New York”, afirmou.
“Isso mostra que o elemento especulativo se nutre com notícias e com expectativas, já que a vigência da tarifa será a partir de agosto”, explicou.
Entre os fatores que tornam o cenário instável estão os baixos estoques da safra passada e estoques abaixo da média também nos países consumidores, o que eleva a preocupação da indústria global.
Além disso, as previsões climáticas para as próximas safras ainda são incertas. “Prever a safra 2026 ainda é cedo. O Brasil está em pleno inverno. Embora se tenha ótimos modelos matemáticos para previsão climática, nada se pode afirmar em termos de riscos de geada ou mesmo frio intenso. Tampouco se pode prever como e quando será a ‘volta’ das chuvas”, disse.
Cacau, açúcar e algodão
Os papéis de cacau para setembro caem de 2,23%, a US$ 7.708 por tonelada, ampliando a queda do pregão anterior, superior a 4,8%. Apesar disso, os fundamentos para a amêndoa não mudaram, com queda na demanda e expectativas em relação à safra que se forma na África Ocidental.
O açúcar para outubro, por sua vez, cai 0,24%, a 16,52 centavos de dólar por libra-peso.
O algodão opera em leve alta, de 0,07%, a 67,26 centavos de dólar por libra-peso nos contratos para outubro.