Os contratos para entrega em setembro de cacau tiveram valorização de 1,73%, negociados a US$ 8.665 por tonelada nesta terça-feira (28/7). Essa alta é atribuída a preocupações com exportações mais fracas da Costa do Marfim, que elevam os temores de oferta restrita no mercado global de cacau, segundo a consultoria americana Barchart.
A moagem e os estoques globais da amêndoa são fatores que preocupam o mercado em um momento que a indústria de chocolates começa a procurar a matéria-prima. Esses fatores continuam dando suporte à valorização de preços, mesmo diante de melhores safras na África.
No mercado de café arábica, a volatilidade marca a abertura do pregão. Depois de forte alta na véspera, os contratos caem hoje 1,09%, cotados a US$ 2,9840 por libra-peso.
Apesar do clima adverso — com granizo no sul de Minas Gerais — e o anúncio de tarifa de 50% sobre o café brasileiro nos EUA, que pode entrar em vigor a partir de 1º de agosto, os preços recuam. Segundo analistas da Trading Economics, isso ocorre porque o granizo pode afetar a produção no curto prazo, mas ainda não provoca impacto imediato nos mercados futuros.
O mercado já precificou a alta da tarifa, e os traders podem estar realizando realização de lucros após balanço de alta recente. Os fundamentos, portanto, permanecem os mesmos com as bolsas de Nova York e Londres oscilando bastante e dificultando o fechamento de negócios no Brasil, principal produtor e exportador do produto, destaca Eduardo Carvalhaes, sócio da corretora de café Carvalhaes.
O açúcar demerara de outubro, por sua vez, passa por leve alta de 0,12%, negociado a 16,44 centavos de dólar por libra-peso. Esse movimento sugere estabilidade no curto prazo, com leve otimismo dos traders, provavelmente relacionado à influência marginal do movimento no setor açucareiro global, diz a Barchart. A atenção, contudo, está para o tarifaço, câmbio e petróleo.
Os lotes de algodão para outubro operam em queda de 0,58%, com cotação de 67,01 centavos de dólar por libra-peso. Esse recuo reflete um cenário de baixa demanda global, especialmente na Ásia, e percepção de estoque crescente, apesar de relatórios da USDA indicarem ajuste positivo na oferta 2025/26. Os fundamentos indicam sobreoferta, destaca a empresa americana de pesquisa e consultoria Cotton Incorporated.