Os preços do cacau abriram a sexta-feira em alta na bolsa de Nova York, mas, ainda no início da sessão desta sexta-feira (23/5) passaram a cair. As cotações iniciaram o dia na casa dos US$ 10 mil por tonelada e, em seguida, perderam esse patamar. O contrato para lho tem baixa de 6,07%, a US$ 9.654 por tonelada.
De acordo com o site Barchart, o clima segue como principal agente de volatilidade. “As expectativas de chuvas favoráveis na África Ocidental para auxiliar o desenvolvimento da safra de cacau pressionaram os preços do cacau na quinta-feira, depois que a meteorologista Vaisala afirmou que chuvas moderadas devem continuar pelo resto desta semana nas regiões produtoras de cacau da África Ocidental”, informa o site.
De acordo com os analistas, há indícios de amplos estoques de cacau pesando sobre os preços, que, no momento, estão com 2,16 milhões de sacas nos portos dos EUA, segundo a ICE Futures US (Bolsa de Nova York).
O café arábica com vencimento em julho, por sua vez, tem baixa de 1,16% (ou 420 pontos), cotado a US$ 3,5660 por libra-peso. O mercado segue sob pressão de uma retomada nos estoques globais na ICE, depois de meses no limite. No caso do arábica, na quinta-feira, o grão estocado atingiu a maior alta em três meses, com 883.197 sacas.
“Os preços do café têm estado sob pressão nas últimas três semanas devido à perspectiva de maior produção de café“, lembra o Barchart.
Na segunda-feira, o Serviço de Agricultura Externa (FAS) do USDA previu que a produção de café do Brasil em 2025/26 aumentará 0,5%, para 65 milhões de sacas, e que a produção de café do Vietnã em 2025/26 aumentará 6,9%, arrefecendo o suporte para altas.
De acordo com a diretora-executiva do setor na Nestlé, Valéria Pardal, a tendência de preços daqui para frente é de arrefecimento, pois os picos da commodity já passaram.
Os preços do açúcar também recuam nesta sexta-feira, consolidando-se logo acima das mínimas de duas semanas registradas na terça-feira. Na última semana, as expectativas de um superávit global de açúcar pesaram sobre o demerara, lembra o Barchart.
O contrato para julho cai 0,98% (ou 17 pontos), cotado a 17,23 centavos de dólar por libra-peso.
Já o algodão com entrega para julho sobem 0,40% cotado a 67 centavos de dólar por libra-peso. Os dados de vendas para exportação indicaram um aumento de volume de vendas, em especial dos contratos do EUA para regiões como Vietnã e Turquia, embarques que sustentam a demanda e as cotações.