A BRF aprovou a fusão com a Marfrig. A informação foi divulgada nesta terça-feira (5/8) após a votação na assembleia-geral extraordinária, que concluiu a votação. A união entre as duas companhias já tinha recebido apoio da maioria nos votos à distância.
A aprovação final se deu por 78,39% dos votos totais. Nos votos à distância, divulgados no sábado (2/8), a aprovação havia sido garantida por 43,8% dos votos (71,5% dos votos válidos).
Em fato relevante assinado por Fábio Mariano, vice-presidente de finanças e de relações com investidores da BRF, a companhia informou que os acionistas aprovaram a incorporação de ações da BRF pela Marfrig, conforme transação acertada em 15 de maio.
Adiamentos
A assembleia da BRF foi instalada em 16 de junho, mas teve que ser adiada diante de questionamentos de investidores.
O principal oponente da operação foi a Previ, que era um acionista histórico da BRF e avaliava que a relação de troca de ações entre os papéis da BRF pelos da Marfrig não refletia o valor justo da dona da Sadia. O fundo de pensão acabou vendendo todas as suas ações em 14 de julho.
A BRF afirmou nesta terça-feira em nota que a aprovação da fusão com a Marfrig pelos acionistas minoritários “reforça a confiança no processo”. A empresa defendeu que o processo de fusão foi “conduzido com higidez e em estrita conformidade com os protocolos legais e regulatórios aplicáveis, seguindo as melhores práticas de governança corporativa”.
Os acionistas que discordarem da operação terão agora 30 dias para exercer seu direito de recesso – ou seja, poderão vender suas ações nesse período, antes que a fusão se concretize.
Assembleia da Marfrig
A conclusão da fusão depende agora de votação favorável em assembleia-geral de acionistas da Marfrig, também marcada para esta terça-feira, às 15h.
“As companhias seguem confiantes na finalização da operação, que também passa pela aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)”, afirmou a BRF.