Equipes de resgate da Indonésia encontraram a brasileira Juliana Marins, de 24 anos, nesta terça-feira (24). A brasileira foi encontrada sem vida após passar quatro dias presa no vulcão Rinjani, na Indonésia.
Relembre caso
Juliana, natural de Niterói (RJ) e dançarina profissional de pole dance, fazia uma viagem pela Ásia desde fevereiro e visitou países como Filipinas, Tailândia e Vietnã antes de chegar à Indonésia. Uma amiga descreveu que ela estava “vivendo um sonho de viajar pela Ásia”.
O acidente ocorreu na última sexta-feira (20), quando Juliana tropeçou, escorregou e caiu a cerca de 300 metros da trilha. Turistas avistaram a situação cerca de três horas depois e alertaram a família pelas redes sociais, enviando localização exata, fotos e vídeos, incluindo imagens de drone.
Desde então, uma campanha pelas redes sociais mobilizou socorristas e governos para resgatar a jovem. Porém, após quatro dias de buscas, a jovem foi encontrada morta.
Pai de jovem presa em vulcão foi para Indonésia para acompanhar buscas
O pai de Juliana Marins, a brasileira que caiu em um vulcão durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, no último sábado (21), viajou nesta terça-feira (24) para o país asiático. Manoel Marins Filho partiu de Lisboa por volta das 6h30 em direção a Bali e gravou um vídeo para as redes sociais antes de se embarcar.
Estamos embarcando agora para Bali, prestes a entrar no avião. São praticamente 10 horas de voo daqui até lá. Graças a Deus as coisas estão acontecendo. Quero pedir que vocês sigam orando pelo resgate da Juliana, que ela esteja bem e possa voltar conosco para o Brasil, bem. Sã e salva. Orem pela Juliana. Obrigada por tudo”, disse.
Na segunda-feira (23), ele também compartilhou um vídeo para expressar sua gratidão pelo apoio recebido pela família. No vídeo, Manoel enfatizou a assistência da embaixada brasileira em Jacarta e agradeceu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo apoio diplomático.
Vulcão indonésio: por sua conta e risco, diz turista que desistiu de trilha
Vinicius dos Santos, um brasileiro que visitou a Indonésia no final de 2023, mencionou que considerou a possibilidade de escalar o vulcão Rinjani, localizado em Lombok, o mesmo onde a brasileira Juliana Marins, de 24 anos, teve seu desaparecimento registrado na última sexta-feira (20).
Vinicius contou que chegou a comprar o passeio, mas desistiu após perceber que não havia qualquer estrutura de segurança. “O turismo na região é bastante precário, com pouca infraestrutura e quase nenhuma condição de segurança oferecida pelas empresas e guias locais. É meio que por sua conta e risco”, afirmou.
De acordo com Vinicius, nas ilhas da região há falta de sinalização, com socorro lento e escasso. “ A maioria dos guias e agências locais opera sem equipamentos adequados de segurança, como rádios, kits de primeiros socorros ou sistemas de comunicação em tempo real.”, contou.