O governo federal e os exportadores do Brasil esperam manter o ritmo aquecido de embarques de alimentos para o México, após a renovação do Pacote contra inflação e Desabastecimento (Pacic, na sigla em espanhol), um programa mexicano de auxílio ao consumo das famílias, que isenta o imposto de importação de diversos produtos que compõem a cesta básica.
Em nota, o Ministério da Agricultura brasileiro disse nesta quinta-feira (2/1) que a renovação do Pacic tem sido fundamental para a continuidade das exportações de alimentos ao México, especialmente de produtos como carnes, leite e feijão, itens nos quais o Brasil tem forte participação exportadora.
“É uma grande oportunidade para continuarmos reforçando e intensificando a parceria comercial tão importante com o México com produtos brasileiros competitivos que contribuem para a segurança alimentar e nutricional”, afirmou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, no comunicado.
Atualmente, o México é o 7° maior importador de carne de frango do Brasil, e o 10° principal destino em carne suína.
Nos 11 primeiros meses de 2024, o programa viabilizou as importações de 205 mil toneladas de carne de frango pelo país (+18,8% em relação ao mesmo período no ano anterior) e 42 mil toneladas de carne suína (+49,7%), gerando receitas somadas de US$ 620 milhões, conforme dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
“As boas relações entre os países e a sólida parceria construída entre produtores brasileiros e importadores mexicanos indicam que o fluxo de carne de frango e de carne suína do Brasil ao México deverá seguir em ritmo positivo ao longo de 2025”, avaliou em nota o presidente da ABPA, Ricardo Santin.