As exportações brasileiras de tabaco devem ultrapassar a marca de US$ 3 bilhões em 2025, segundo projeção da consultoria Deloitte. A estimativa é de aumento entre 10% e 15% tanto em volume quanto em valor.
No primeiro trimestre de 2025, o Brasil embarcou 104 mil toneladas de tabaco, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC/ComexStat). O volume foi 1,78% menor em relação ao mesmo período de 2024. Já o valor comercializado teve alta de 12,85%, e chegou a US$ 744 milhões.
Em 2024, o Brasil exportou 455 mil toneladas para 113 países e gerou cerca de US$ 2,9 bilhões em receita. Este valor superou a média histórica da última década de US$ 2 bilhões.
A cadeia produtiva do tabaco também impactou diretamente a geração de emprego, renda e arrecadação fiscal. Em 2024, o setor gerou cerca de R$ 12 bilhões em receita para os produtores rurais e R$ 17 bilhões em tributos pagos ao governo brasileiro.
O Brasil é o maior exportador mundial de tabaco há mais de 30 anos. Cerca de 90% da produção tem como destino o mercado externo. Na produção global, o país só fica atrás da China. Os principais compradores do tabaco brasileiro no primeiro trimestre de 2025 foram China, Bélgica, Indonésia, Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos.
“A preferência dos clientes internacionais pelo tabaco brasileiro é resultado direto da qualidade e integridade do produto, garantidas pelo Sistema Integrado de Produção de Tabaco (SIPT)”, afirma Valmor Thesing, presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco).