Ao anunciar a saída do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (9/1), o ministro Luís Roberto Barroso defendeu para que a substituta no cargo seja uma mulher.
“Eu, filosoficamente, sou um defensor de mais mulheres nos tribunais em uma regra geral. A escolha é do presidente Lula, mas há homens e mulheres capazes. Mas vejo com gosto, vejo com simpatia a escolha recair por uma mulher”, afirmou.
Hoje, o STF tem apenas uma mulher, a ministra Cármen Lúcia, entre os 11 magistrados. Logo após a fala de Barroso e com a referência de que o responsável pela a indicação é o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os movimentos nos bastidores apontaram para um nome do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Daniela Teixeira ganhou força como uma possível indicação de Lula para que a Corte tenha mais uma mulher. Daniela tornou-se ministra do STJ em 2023, e, hoje atua na 3ª Turma e na 2ª Seção da Corte, responsáveis por casos de direito privado.
A ministra é uma das cinco mulheres que compõem o corpo de 33 ministros do STJ. O nome de Daniela Teixeira seria uma oportunidade de Lula aumentar a representatividade feminina no STF.
Saída de Barroso
Barroso deixa o cargo logo após o término da presidência, em 29 de setembro, com a chegada de Edson Fachin ao comando do STF no próximo biênio.
Ao comunicar a saída, Barroso declarou que só pretende ficar mais alguns dias, a fim de entregar pedidos de vista e resolver pendências. No entanto, em plenário, a saída é imediata: “Essa é a última sessão plenária de que participo”, disse.
Indicação de Lula
A saída do ministro era esperada e movimenta os bastidores palacianos há meses. Com a vaga aberta, o presidente Lula terá uma terceira indicação, neste mandato, entre os 11 ministros.
Alguns dos nomes cotados são os do advogado-geral da União, Jorge Messias; o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas; e o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O favorito, conforme fontes palacianas, é o chefe da AGU, pela sua proximidade com Lula e confiança do PT.
Barroso, hoje com 67 anos, deixa o STF por vontade própria, uma vez que a aposentadoria compulsória de um ministro da Corte é aos 75 anos.