Em busca de uma relação diferente da que tinham com Flávio Dino, deputados da bancada da bala prometeram uma sessão respeitosa para ouvir o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados.
Dino, na função de ministro da Justiça e Segurança Pública, era garantia de reuniões tensas e trocas de farpas. Não faltaram embates nas vezes em que foi ouvido pelos parlamentares, e os convites e convocações do então chefe da pasta foram usados como instrumentos para desgastar o governo.
Com Lewandowski, o presidente da bancada da bala e da comissão, Alberto Fraga (PL-DF), prevê um ambiente mais amistoso.
“A diferença entre os dois é o oceano”, afirmou. Fraga disse ainda que a comissão vai mostrar que “só é truculenta com quem é truculento com ela” e que haverá embates, mas com respeito.
O presidente da comissão já esteve com Lewandowski em outras ocasiões, após o Ministério da Justiça ser assumido pelo ministro aposentado do STF.
Ao ser perguntado sobre uma eventual garantia de postura de não agressão dos parlamentares da comissão, Fraga disse ter conversado e feito um pedido aos deputados para não haver agressão moral.
A fuga dos dois presidiários de uma penitenciária federal em Mossoró (RN) foi o mote para que o ministro fosse chamado pela primeira vez ao Congresso, mas a participação deve se estender para outras pautas sobre segurança pública.
Parlamentares preparam perguntas sobre o veto parcial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Lei das Saidinhas e a opinião do ministro sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) das Drogas, que começará a ser votada nesta terça-feira (16), no Senado.
Deputados também devem questionar o ministro sobre a situação específica da segurança de estados como Bahia e São Paulo. Ações de combate ao tráfico de drogas e políticas sobre armas são outros temas esperados.
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