A Polícia Civil do Piauí deflagrou, nesta quarta-feira (5/11), a Operação Carbono Oculto 86, que tem como objetivo desarticular o esquema financeiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) em postos de combustíveis nos estados do Piauí, Maranhão e Tocantins.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), pelo menos 50 postos foram interditados. Além disso, a polícia apreendeu imóveis, uma aeronave, veículos de luxo e ativos financeiros. Veja:
No total, foram expedidos 17 mandados de busca nos três estados e em São Paulo, núcleo principal da organização. A operação investiga diversas irregularidades em combustíveis, com desdobramentos em lavagem de capitais, fraudes tributárias e estelionato.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Piauí, empresas de fachada, fundos de investimento e fintechs eram usados pelo grupo para aplicar fraudes no mercado de combustíveis e dissimular a origem do patrimônio.Play Video
Onde ficam os postos interditados:
- Piauí: Teresina, Lagoa do Piauí, Demerval Lobão, Miguel Leão, Altos, Picos, Canto do Buriti, Dom Inocêncio, Uruçuí, Parnaíba e São João da Fronteira;
- Maranhão: Caxias, Alto Alegre e São Raimundo das Mangabeiras;
- Tocantins: São Miguel do Tocantins.
Operação Carbono Oculto
A Operação Carbono Oculto foi deflagrada em 28 de agosto de 2025 com o objetivo de desmantelar um esquema de fraudes e de lavagem de dinheiro no setor de combustíveis. É a maior operação contra o crime organizado da história do país, segundo a força-tarefa que envolve o Ministério Público de São Paulo (MPSP) e a Receita Federal.
Estão na mira da investigação vários elos da cadeia de combustíveis controlados pelo crime organizado, desde importação, produção, distribuição e comercialização ao consumidor final a elos finais de ocultação e blindagem do patrimônio, via fintechs e fundos de investimentos.
Segundo a Receita Federal, uma rede de 1,2 mil postos movimentou mais de R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024, mas pagou apenas R$ 90 milhões (0,17%) em impostos. Para lavar dinheiro do esquema, o grupo teria usado 40 fundos com patrimônio de R$ 30 bilhões, geridos por operadores da Faria Lima, centro financeiro do país.







