Um ritmo mais lento na colheita de soja e milho nos Estados Unidos ditou a alta para os grãos na bolsa de Chicago nesta terça-feira (23/9). Os papéis da soja para novembro subiram 0,10%, a US$ 10,12 o bushel.
As cotações ganharam apoio com o atraso da safra americana do ciclo 2025/26. Até o último domingo, a colheita de soja no país chegou a 9% da área, atrás dos 12% colhidos nessa mesma época do ano passado, disse o Departamento de Agricultura americano (USDA).
A condição das lavouras piorou, levantando preocupações do mercado em relação à produtividade da safra nos EUA. O departamento reduziu de 63% para 61% o índice de plantas em boas e excelentes condições.
As altas para a oleaginosa, no entanto, seguem contidas, não só pela entrada da safra americana no mercado, como pela ausência de compras da China, que segue sem importar grão dos EUA e dá preferência para o produto que vem da América do Sul. Nesse sentido, agências internacionais informaram que os chineses compraram dez navios de soja da Argentina, depois que o país suspendeu as taxas de exportação dos grãos até o dia 31 de outubro.
Milho
O milho se valorizou em Chicago tamnbém impactado pelo atraso da colheita da safra americana. Os lotes do cereal para dezembro fecharam em alta de 1,07%, a US$ 4,2625 o bushel.
O Departamento de Agricultura dos EUA disse ontem que a colheita de milho no país chegou a 11% da área projetada para 2025/26, um ritmo inferior aos 13% reportado nessa mesma época do ano passado.
Também afetou positivamente o fechamento as condições das lavouras nos EUA. O departamento disse que do total semeado, 66% estão em boas e excelentes condições, queda de um ponto percentual em relação ao dado divulgado na semana anterior.
Trigo
O trigo avançou em Chicago com dados desfavoráveis para a safra americana. Os papéis do cereal para dezembro tiveram alta de 1,91%, a US$ 5,2050 o bushel.
O trigo se valorizou em meio a ajustes técnicos e também pautado pelo atraso no plantio da safra americana. Segundo informações do USDA, o plantio de trigo de inverno nos EUA atingiu 20% da área projetada, aquém dos 23% semeados nessa mesma época de 2024, e também abaixo dos 23% da média dos últimos cinco anos.