O padre Júlio Lancellotti foi proibido de transmitir missas ao vivo nas redes sociais após uma determinação do cardeal arcebispo Dom Odilo Scherer, da Arquidiocese de São Paulo. No último domingo (14/12), ele confirmou que que seria a última vez que a missa matinal seria transmitida on-line.
“Até que haja ordem em contrário, a partir do domingo que vem, a missa será só presencial. Não terá mais transmissão”, disse o padre.
O religioso também aproveitou para agradecer quem acompanhava a missa pelas redes sociais. “Agradeço imensamente a todos que acompanham, a todos que fazem chegar estas imagens a tantos lugares.”
Em nota à imprensa, ele confirmou o anúncio, detalhou que ficará também ausente das redes sociais e explicou o motivo que justificaria a ordem do arcepisco.
“As transmissões estão temporariamente suspensas, porém as missas dominicais continuarão sendo celebradas normalmente, às 10h, na Capela da Universidade São Judas, na Mooca. As redes sociais não estão sendo movimentadas por um período de recolhimento temporário”, diz um trecho do comunicado.
Também surgiu a possibilidade do padre ser retirado da paróquia de São Miguel Arcanjo, onde ele atua há mais de 40 anos. No entanto, Júlio afirmou que não deixará o local.
“Não procede a informação sobre a transferência da Paróquia São Miguel Arcanjo. Reafirmo minha pertença e obediência à Arquidiocese de São Paulo”, afirmou.
Júlio Lancellotti é conhecido pelo trabalho com a população em situação de rua. Somente no Instagram, ele acumula mais de 2 milhões de seguidores. Na rede social, ele compartilha ações para acolher essas pessoas.
Aos domingos, o padre costumava transmitir as missas pela TVT, no YouTube. As missas, entretanto, seguirão sendo realizadas.
Em resposta ao Metrópoles, a Arquidiocese de São Paulo informou que não comentará sobre o episódio pois o assunto “diz respeito ao ambito interno da igreja”.






