O relator da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), deputado Alfredo Gaspar (União-AL), disse nesta terça-feira (26), que a Comissão não protegerá ninguém e também não terá “criminoso de estimação”.
“Não será poupado, nem será perseguido ninguém. A intenção da investigação é buscar o culpado com base em dados e em fatos verídicos (…). Nós não temos preferência, nem privilégio, quem for de interesse da investigação prestará depoimento. Aqui não haverá proteção e nem criminoso de estimação”, disse durante uma conversa com jornalistas.
De acordo com ele, o início dos trabalhos do grupo tinha tudo para ser “tumultuado”, mas com “tranquilidade e seriedade”, se chegou em um “consenso inicial”.
O relator explicou que, neste primeiro momento, a prioridade é ouvir aqueles que “tinham interesse na investigação, inicialmente, com exceção dos ex-ministros da previdência, que por acordo político, serão convidados, mas com a obrigação de falar a verdade”.
“Além dos citados pelo presidente, também acordamos que todas as associações que tiveram acordos de cooperação técnica vigente, ou seja, que descontaram dinheiro de aposentados e pensionistas entre 2015 e 2025, serão chamados os seus presidentes por convocação e isso já foi aprovado”, explicou.
“E aí virão os próximos passos, já identificada uma célula de organização criminosa, por isso, vindo também a depor nesse instante inicial o Camisotti e o careca do INSS”, completou.