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Apreensão com crise climática afeta saúde mental de estudantes

CNN por CNN
22/08/2025
em Saúde
Tempo de leitura: 7 minutos
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Apreensão com crise climática afeta saúde mental de estudantes

Pesquisa realizada no campus Butantã da Universidade de São Paulo (USP) revelou índices preocupantes de saúde mental entre os estudantes • wagnerokasaki/GettyImages

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Uma pesquisa realizada no campus Butantã da Universidade de São Paulo (USP) revelou índices preocupantes de saúde mental entre os estudantes, com médias significativamente piores que as registradas em levantamentos internacionais e mesmo nacionais junto a essa população. A pesquisa foi conduzida pelo pesquisador Pedro Ambra, bolsista do Programa Fixação de Jovens Doutores da Fapesp.

Um resumo dos seus resultados foi apresentado durante o Simpósio Internacional “Saúde Mental de Estudantes Universitários: Escutar, Aconselhar e Cuidar”, realizado no Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP pelo Grupo de Pesquisa nPeriferias em parceria com a Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento (PRIP) da universidade. O simpósio foi uma das atividades planejadas para difusão e popularização do conhecimento científico produzido pela pesquisa e contou com o apoio do Instituto de Psicologia da USP e da startup EduWellTech, uma plataforma criada em 2024 dedicada à avaliação e monitoramento da saúde mental de estudantes universitários.

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Entre outros resultados, a pesquisa mostrou o impacto de fenômenos extremos na saúde mental dos estudantes: 78% se disseram muito preocupados e quase 90% afirmaram acreditar que as emergências climáticas podem acabar com a vida humana na Terra. Boa parte também associou o tema ao pior desempenho acadêmico e à má qualidade do sono. Outro comportamento detectado foi o uso excessivo da internet: cerca de 70% reconheceram que não conseguem reduzir o tempo on-line, e parte significativa disse acreditar que isso afeta negativamente sua saúde mental.

O estudo investigou como diferentes marcadores sociais da diferença – como raça, gênero, sexualidade, idade e renda – se articulam para impactar a experiência universitária. “Nosso foco foi compreender como esses marcadores atuam no estudante de forma processual, e não como atributos fixos. Por exemplo, ser uma estudante negra ou um estudante negro não define, por si só, toda a experiência que a pessoa terá na universidade. É preciso olhar para o que acontece ao longo do percurso acadêmico”, afirma Ambra. O pesquisador aponta para a importância do processo de articulação entre diversos marcadores sociais da diferença na compreensão da experiência universitária.

O levantamento empírico foi realizado por meio de questionário on-line, com livre adesão. E recebeu 459 respostas – número que, segundo o pesquisador, atinge significância estatística, ainda que a amostra não seja proporcional por curso. Nesse conjunto, 68,9% definiram-se como “brancos”, 55,9% como “de baixa renda” e 52,5% como “não heterossexuais”.

O instrumento principal utilizado foi o 5-item Mental Health Inventory (MHI-5), validado para a população brasileira. A escala fornece um índice que varia de 0 a 100 e mede sintomas de ansiedade, depressão e bem-estar. “A média obtida em levantamentos internacionais gira em torno de 65. Entre os alunos da USP, encontramos 47”, relata Ambra. O índice também é inferior àquele encontrado no estudo-piloto para a aplicação do instrumento, que teve como público-alvo estudantes universitários de outras instituições de ensino superior no Brasil.

Motivos

Por que isso acontece, quando se deveria esperar justamente o contrário, uma vez que a USP é a principal universidade do país e aplica várias políticas de inclusão? “A pesquisa não permite responder de forma consistente a essa pergunta. A ideia original não era comparar, mas considerar nosso objeto de estudo como um universo fechado. Mas uma hipótese, pelo menos no que diz respeito aos estudantes negros, é que esses jovens possam ter vindo de um ambiente mais homogêneo, talvez um pouco mais acolhedor, para encontrar, eventualmente, diferenças sociais muito grandes”, conjectura Ambra.

Um exemplo de como tal articulação entre diferenças opera, prossegue o pesquisador, é o de que estudantes negros que recebem nove salários mínimos ou mais obtiveram pontuação no MHI-5 inferior àquela de estudantes negros de estratos médios de renda. “Neste caso, a renda mais alta não atua como fator atenuante dos baixos índices de saúde mental, mas indica que articulações entre marcadores podem revelar experiências de preconceito e discriminação específicas. Conforme aponta a literatura, devem-se interseccionar marcadores sociais para além de uma soma de opressões”, diz.

Outro fator envolvido, este já bastante investigado pela literatura especializada, é o que os pesquisadores norte-americanos chamam de “racial battle fatigue”, o cansaço da batalha racial. O conceito descreve o estresse psicológico e fisiológico cumulativo experimentado por pessoas negras por causa da exposição reiterada a microagressões, preconceitos e discriminações.

“Por ser uma universidade bastante politizada, é muito comum que o estudante que ingressa na USP se engaje em coletivos, em demandas sociais, em lutas. Mas, com o tempo, isso vai produzindo um cansaço, uma espécie de sofrimento específico. Parece paradoxal, porque a pessoa está lutando por inclusão, por libertação coletiva, mas, como os obstáculos sociais são muito grandes, muito pesados, muito difíceis de mover, o entusiasmo inicial pode, aos poucos, arrefecer, por sobrecarga, frustrações e vivências de preconceito e discriminação, e isso dar lugar ao cansaço e ao desânimo”, argumenta Ambra.

Um indício em relação a isso foi que os estudantes negros mais jovens, de 18 e 19 anos, apresentaram pontuações de saúde mental 29,3% superiores à média geral. E que a pontuação caiu muito nas faixas etárias mais velhas. O pesquisador ressalva, no entanto, que tudo isso ainda está no terreno das hipóteses, porque para chegar a explicações consistentes seria necessária uma pesquisa muito mais ampla e aprofundada – com amostras proporcionais e análises multivariadas – que envolva estudantes de várias universidades, combinando questionários quantitativos com entrevistas qualitativas e considerando outros marcadores sociais.

A análise dos dados obtidos na pesquisa confirmou fenômenos conhecidos na literatura, como piores índices de saúde mental entre estudantes negros e população LGBTQIAPN+. Mas trouxe também achados inesperados, como o fato de que, apesar de todas as adversidades, as mulheres negras relataram vínculos afetivos e acadêmicos com a universidade acima da média. “Ao que parece, a USP deu a elas um lugar de pertencimento”, comenta Ambra.

O pesquisador sublinha que o objetivo do estudo não foi apenas conhecer melhor a saúde mental dos estudantes uspianos. Mas também embasar políticas e programas capazes de prevenir agravos em saúde e contribuir para o sucesso acadêmico dos estudantes. A USP dispõe de um programa voltado especificamente para a saúde mental da população universitária, o ECOS, mantido pela Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento.

Tendência global

O Simpósio Internacional “Saúde Mental de Estudantes Universitários: Escutar, Aconselhar e Cuidar”, onde os resultados da pesquisa foram apresentados, contou com a presença de gestores acadêmicos, professores e pesquisadores da USP e de outras instituições de ensino superior brasileiras, como Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). E também de convidados do exterior – dentre eles, o professor Chris Brownson, da Universidade do Texas em Austin.

Brownson é psicólogo e ocupa na universidade o cargo de vice-presidente associado para saúde e bem-estar. No período 2019-2021, foi membro do comitê da National Academies of Sciences dedicado a saúde mental e uso de álcool e outras drogas em contextos universitários. Desde 2014, lidera projetos que somam mais de US$ 28 milhões em investimentos em saúde mental, bem-estar estudantil e prevenção do uso de álcool e drogas.

Em conferência durante o evento, ele destacou que o aumento da demanda por serviços de saúde mental estudantil é uma tendência global, mas que sistemas diferentes oferecem respostas distintas. Nos EUA, onde não há um sistema universal como o Sistema Único de Saúde (SUS), o acesso é mais desigual e depende fortemente de seguros privados.

“O problema central é que a demanda por serviços de saúde mental cresce muito mais rápido do que o número de psicólogos e psiquiatras disponíveis para ajudar. Se tivéssemos todos os psicólogos de que precisamos, qualquer pessoa poderia buscar atendimento a qualquer momento, por qualquer motivo, inclusive para autoconhecimento e realização pessoal. Infelizmente, a escassez nos obriga a priorizar quem mais precisa”, disse Brownson em sua conferência “Mental Health and Quality of Academic Life in Universities”.

A visita do especialista ao Brasil para participar de atividades acadêmico-científicas na USP foi apoiada pela Fapesp por meio da pesquisa “Saúde mental, marcadores sociais da diferença e sucesso acadêmico: investigação dos efeitos da pandemia de Covid-19 sobre estudantes universitários”, à qual a bolsa de Ambra está vinculada. A pesquisa é coordenada pelo professor Alessandro de Oliveira dos Santos, do Departamento de Psicologia Social e do Trabalho do Instituto de Psicologia da USP.

“Desde 2019, com apoio da Fapesp, temos realizado pesquisas articuladas à governança universitária com vistas a produzir conhecimentos para o aprimoramento de políticas e programas voltados à promoção do bem-estar dos estudantes. Por meio delas, tem sido possível propor ações que contribuam para o sucesso acadêmico dos estudantes e o fortalecimento de um ambiente mais saudável nas universidades, na medida em que identificam os fatores que impedem tal sucesso e podem influenciar no pior rendimento acadêmico e no trancamento ou abandono dos cursos. Como, por exemplo, o uso excessivo e compulsivo de dispositivos eletrônicos e da internet, as vivências de preconceito e discriminação no ambiente acadêmico e a ocorrência de agravos em saúde mental, como depressão, crises de ansiedade e ideações suicidas, amplificados pelos tempos de aceleração e de fenômenos extremos que estamos vivendo”, conta Santos.

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