O novo celular do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), apreendido pela PF (Polícia Federal) nesta segunda-feira (4), passará por extração de dados e o conteúdo será analisado pela equipe de inteligência da corporação policial.
Pela regra, todo celular apreendido é submetido à extração e análise de dados. Além disso, a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), autoriza a análise.
Esse aparelho foi apreendido na casa de Bolsonaro, quando a PF informou o ex-presidente sobre a decretação de prisão domiciliar assinada pelo ministro Moraes contra ele.
A decisão permitia a apreensão de mais de um celular, mas apenas um foi entregue e apreendido pelos agentes.
A extração de dados é feita em uma máquina da Polícia Federal, que passa todo o conteúdo do aparelho para um computador. A partir daí, o conteúdo é analisado pelos agentes de investigação.
Esse é o segundo celular de Bolsonaro apreendido pela PF em menos de um mês. Em 21 de julho, ele foi alvo de operação da Polícia Federal, que apreendeu seu celular e impôs medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, no âmbito da investigação que apura uma atuação do ex-presidente e do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) contra a soberania nacional.
Sobre esse primeiro celular, a equipe continua trabalhando em cima do aparelho para fazer um relatório do que for encontrado, entre mensagens e fotos. Na ocasião, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que estava sendo “humilhado” e que estava sendo alvo de uma “perseguição política”.