Após uma turista ser mordida por um tubarão-lixa em Fernando de Noronha, o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) anunciou que intensificou a fiscalização na região, com rondas diárias e operações especiais durante períodos de maior fluxo turístico, como as férias e o verão.
A medida visa combater práticas ilegais, como o “molestamento de cetáceos”, a interação direta com golfinhos-rotadores, e a alimentação irregular de tubarões, uma atividade conhecida como “ceva”, monitorada pela instituição.
Em nota enviada à CNN, a autarquia explicou que a alimentação de animais silvestres, além de ser uma infração ambiental, representa um risco para a segurança dos turistas. “Trata-se da alimentação contínua de tubarões para atraí-los a áreas específicas, comportamento que, embora amplamente denunciado, ainda não resultou em flagrantes. Isso ocorre porque as embarcações interrompem imediatamente a ação ao perceberem a aproximação de fiscais do ICMBio”, comentou o instituto.
Na semana passada, uma turista de 46 anos, do Mato Grosso, foi mordida por um tubarão-lixa em Fernando de Noronha enquanto nadava na Praia do Porto. A mulher foi socorrida, levada ao Hospital São Lucas, recebeu atendimento e teve alta. O ferimento não foi grave. Na ocasião, a turista explicou que, enquanto nadava na companhia dos tubarões, acredita ter acidentalmente tocado em um deles, o que pode ter provocado a reação defensiva do animal.
Em resposta, o ICMBio vai ampliar a presença de autoridades na área para garantir o cumprimento das normas de proteção à fauna local e prevenir interações perigosas com os animais.Play Video
“Quem for flagrado alimentando animais silvestres, por exemplo, está sujeito a multas que variam entre R$ 500,00 e R$ 10.000,00, dependendo da gravidade da infração. O Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental de Fernando de Noronha proíbe essa prática em toda a Unidade de Conservação”, alerta o ICMBio.
O ICMBio, em parceria com a comunidade local e o setor turístico, busca aumentar a conscientização e prevenir novas ocorrências, protegendo tanto os visitantes quanto o ecossistema natural de Fernando de Noronha.