Um balanço encomendado pela CNN ao Exército Brasileiro mostra que 419 venezuelanos cruzaram a fronteira com Roraima desde a última segunda-feira (29), depois da eleição presidencial no país.
O número vem subindo dia a dia. Na segunda-feira foram recebidos 50 venezuelanos, na terça, 82, na quarta, 103 e nessa quinta-feira (1/8), 184 venezuelanos cruzaram a fronteira.
Os dados são da Operação Acolhida, montada pelo Exército em 2018 em cidades onde há fronteira ou processo de interiorização. O projeto tem o apoio de órgãos do governo e não governamentais, como a agência da ONU para refugiados, a ACNUR.
Nos últimos dias a CNN relatou filas na fronteira da Venezuela com o Brasil, além de filas em mercados e postos de combustíveis na cidade de Pacaraima, em Roraima, onde fica a fronteira terrestre entre os dois países. Em entrevista à CNN, o vice-prefeito da cidade, Simeão Peixoto, comentou a tensão na região.
“O maior impacto na fronteira que a gente tem sentido é a insegurança, né? A insegurança por parte dos venezuelanos que estão saindo e a insegurança de fronteira, o medo de uma guerra civil”, comenta ele.
“O fluxo de atendimento na saúde também aumentou assustadoramente, o fluxo da parte dos programas sociais também e a movimentação do Exército Venezuelano nas cidades próximas à fronteira nos preocupa bastante”, completa.
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