O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse nesta segunda-feira (14), que o presidente Lula (PT) pediu para que “medidas enérgicas” sejam adotadas em relação ao apagão que atingiu São Paulo (SP) e região metropolitana.
Segundo o ministro, o presidente solicitou ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e ao ministro da Contadoria-Geral da União (CGU), Vinicius de Carvalho, para que apurem possíveis omissões por parte de servidores da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
E para que a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, reúna informações sobre situações de omissão de governos locais.
As medidas serão anunciadas em coletiva de imprensa, marcada às 14h.
“O presidente Lula, desde o sábado, tem tido uma postura enérgica, me enviou inclusive para a cidade de Diadema, o prefeito solicitou ao governo federal, eu passei tanto sexta à noite quanto no sábado pela manhã na cidade de Diadema, era uma postura absurda, por exemplo, da concessionária, dizendo que tinha colocado 12 equipes para toda a região do ABC”, disse Padilha.
Apagão
Moradores da grande São Paulo ainda sentem os reflexos do temporal da última sexta-feira (11). A região metropolitana teve rajadas de vento de 107,6 km/h, considerada a ventania mais forte já registrada.
Cerca de 2,1 milhões de clientes da Enel chegaram a ficar sem energia, segundo a própria concessionária. Os números atualizados apontam que, até a manhã desta segunda-feira (14), mais de 537 mil pessoas ainda estavam no escuro.
A crise colocou – em lados opostos – o governo federal e a prefeitura de São Paulo. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) critica o governo por não encerrar a concessão da empresa.
Já o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), afirmou que o prefeito espalha fake news, que a Aneel é bolsonarista e que ainda dá tempo da Prefeitura podar as árvores, antes que o período chuvoso chegue de vez.