O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), gosta de ser reconhecido por ser um cumpridor de acordos.
Desde o mês passado, no entanto, líderes partidários têm afirmado que o parlamentar alagoano tem falhado em uma promessa.
Em abril, Lira disse que não desejava antecipar discussões sobre a sua sucessão na Casa Legislativa.
E, nos bastidores, teria deixado claro que só escolheria um nome para apoiá-lo a partir de agosto. Um nome com maior viabilidade.
No entanto, o nome escolhido pelo presidente da Casa Legislativa se tornou, nas palavras de deputados do centrão, um “segredo de polichinelo”.
O líder do União Brasil, Elmar Nascimento, sempre foi o escolhido de Lira. Isso quem diz são aliados do próprio presidente da Casa Legislativa.
Tanto é que Elmar deve liderar o maior bloco partidário da Câmara dos Deputados, do qual o PP de Lira faz parte, no segundo semestre deste ano, quando os candidatos à sucessão na Casa Legislativa fecharão os apoios partidários às suas candidaturas.
Desde o início de ano, dizem líderes partidários, Elmar é presença frequente na residência oficial da Câmara dos Deputados e nas viagens de Lira para festas típicas.
Os dois estiveram juntos, por exemplo, no Carnaval de Salvador, em fevereiro, e em festas juninas na Paraiba e em Pernambuco, em junho.
Além de Elmar, disputam o apoio de Lira os deputados federal Antônio Brito (PSD-BA) e Marcos Pereira (Republicanos-SP).
Os dois têm a preferência do Palácio do Planalto, já que, por crítica feita no passado a Lula, Elmar enfrenta forte resistência entre ministros palacianos.
Ainda assim, dizem aliados do presidente da Casa Legislativa, Lira indica que uma opinião contrária do Poder Executivo não é impeditivo para apoiar Elmar.
Até porque, dizem líderes partidários, Elmar é a garantia de que, mesmo fora da cadeira de presidente da Câmara dos Deputados, Lira manterá ascendência sobre as discussões legislativas.
E também se manterá em evidência para uma disputa ao Senado por Alagoas em 2026.
Nas palavras de um parlamentar, Elmar é a chave para que Lira se mantenha sob os holofotes e não acabe, cedo demais, no chamado “Vale dos Esquecidos”.
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