Quem morou ou reside em cidade do interior sabe como as notícias, também conhecidas como fuxicos, fazem parte do cotidiano e folclore de cada uma.
POIS BEM…
Em uma pequena e pacata cidadezinha do interior do então norte goiano corria que algumas mulheres estavam “pulando a cerca” se aventurando nas famosas “saidinhas/escapadinhas”, como queiram.
O assunto era comentado com muita cautela e sigilo, afinal, a seriedade do caso poderia trazer consequências graves para os envolvidos, até porque, naquela época era comum se fazer justiça com as próprias mãos.
MAS…
Na localidade havia uma pessoa conhecida por falar a verdade doa a quem doer, aquele sujeito que se orgulhava de ser “super sincero”, o famoso “sem papas na língua”.
Destemido e corajoso, o nosso personagem era o tipo “bocudo” como em São Luís/MA são chamados os que falam sem rodeios.
PARA PIORAR…
Tinha um serviço de auto falante, típico de interior, daqueles comuns em parques de diversões.
Ao saber dos boatos, tomou a decisão de falar sobre o tema em “seu programa” diário…
E NÃO DEU OUTRA
Afirmou em alto e bom som que boatos davam conta que haviam mulheres traindo, portanto, os maridos deveriam tomar cuidado, pois, caso não agissem assim, a localidade poderia ser conhecida como a CIDADE DOS CORNOS.
Após a programação foi um Deus nos acuda!
O assunto tomou conta do mercado municipal, bares, açougues, locais onde eram vendidos bolos bem cedinho (eram comuns antigamente) e até no baixo meretrício.
Uma agitação geral que causou discórdia entre casais, afinal, todas estavam sob suspeita, aliás, marido até então “rueiro” tratou de ficar em casa vigiando, e quando saía voltava às pressas, um pé fora e outro dentro.
O PIOR
É que nosso personagem gostou da repercussão e ameaçou revelar os nomes das ditas cujas; aí a cidade pegou fogo, ninguém dormia mais tamanha a inquietação e suspense sobre a possível divulgação da LISTA.
ENTRETANTO…
Havia na cidade um caso que era tratado como “no escurinho do cinema”, quer dizer, era público, mas, ninguém se atrevia comentar porque cheirava chumbo.
Aquela coisa de “guardar a sete chaves” ou “não vi, não sei, nunca vi falar”.
SÓ QUE…
Diziam que o marido sabia e fazia vista grossa, afinal, não se importava em dividir, já estava acostumado, desde que não comentassem. Coisa de amor sem limites!
CONTUDO
Ficou P da vida com a possibilidade de ter o nome da esposa jogado as feras sendo divulgado no serviço de som pelo nosso personagem “bocudo”.
E COMEÇOU
Mandar recados subliminares ao nosso locutor tipo, se divulgar vai ter que se acertar comigo; incontinente passou a ser visto nas proximidades do comércio do “comunicador” com a intenção de ser visto pelo mesmo como se o recado fosse “estou de olho em você”.
À MEDIDA
Que os recados foram aumentando, e as rondas idem, proporcionalmente a irritação do locutor também, mas para não criar uma situação grave, e atendendo a inúmeros pedidos de pessoas influentes da sociedade, resolveu tirar o “programa” do ar por alguns dias e deixar os nomes em standby.
SÓ QUE…
Os recados (ameaças) não paravam, pelo contrário…
ATÈ QUE
O locutor chamou um portador e disse:
- Vá na casa de fulano de tal, e diga pra ele que se mandar mais um recado e passar mais uma vez na minha calçada eu entrarei no ar em EDIÇÃO EXTRAORDINÁRIA e divulgo só o nome da mulher dele.
MORAL DA ESTÓRIA
Os recados cessaram e o marido passou um bom tempo sem sair de casa.
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