O depoimento do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, marcado para esta segunda-feira (19), despertou incômodo em aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que têm debatido teses sobre as razões que levaram o ex-auxiliar presidencial a aderir a uma delação premiada.
O depoimento será às 14h, mas até o último minuto há integrantes do entorno de Bolsonaro que acreditam num possível recuo ou atenuação dos fatos por parte de Cid.
Caso contrário, dizem eles, a única razão que justificaria a conduta de Cid, no decorrer do processo, seria a existência de alguma informação comprometedora contra o tenente-coronel que a investigação tenha obtido a ponto de deixar Cid sem saída.
Entre as teses, estaria alguma situação indigna para as Forças Armadas ou de cunho pessoal que pudesse abalar a família de Cid – e que ainda não tenha vindo à tona. Várias informações do celular dele, como diversas conversas pessoais, estão em posse da justiça.
Antes de assinar o acordo de delação premiada, em setembro de 2023, Cid chegou a ser alvo de busca e apreensão e até foi preso, inicialmente pela fraude no cartão de vacinas e depois pelos outros escândalos que incluem a tentativa de golpe e o desvio de joias recebidas de presente da Arábia Saudita por Bolsonaro.