A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se comprometeu a enviar informações e dados sobre itens agropecuários que integram as cadeias de processamentos dos Estados Unidos e que ficaram fora da lista de exceções à tarifa de 50% para a Câmara de Comércio americana (US Chamber of Commerce), bem como os possíveis impactos da taxação. O objetivo é subsidiar os empresários dos EUA para as articulações com a Casa Branca em prol da retirada desses produtos do tarifaço.
Nesta semana, o presidente da CNA, João Martins, se reuniu com dirigentes da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham) e da US Chamber para discutir os impactos das tarifas anunciadas pelo governo americano.
Na quarta-feira (30/7), João Martins e o CEO da Amcham Brasil, Abrão Neto, conversaram sobre os impactos no agro e nos demais setores da economia brasileira. Em nota, a CNA disse que eles destacaram o prejuízo potencial em relação à competitividade e na atração de investimentos, que vai além da relação bilateral. “As entidades se comprometeram em trabalhar em conjunto em prol de uma solução negociada entre os dois países”, disse a entidade.
Na quinta-feira (31/7), Martins se reuniu, por videoconferência, com o vice-presidente sênior e chefe da Divisão Internacional da Câmara de Comércio dos EUA, John Murphy.
“O presidente da CNA enfatizou a preocupação com o setor e, principalmente, com os produtos do agro que ficaram de fora das exceções do governo americano, em especial as cadeias formadas por pequenos produtores como frutas, mel e pescados, por exemplo”, disse a CNA, na nota.
John Murphy disse ao presidente da CNA que a Câmara americana “atua para reduzir barreiras que possam prejudicar o comércio bilateral, e gerar prejuízo de longo prazo para as duas economias”.