A Agência Nacional de Águas (ANA) informou, nesta terça-feira (24/12), que está realizando uma análise da qualidade da água no Rio Tocantins, próximo ao local do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). A medida foi tomada após a confirmação de que alguns caminhões que caíram no rio carregavam pesticidas e substâncias químicas tóxicas.
Segundo a ANA, as análises têm como objetivo avaliar os impactos no abastecimento de água. A agência, em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai definir os parâmetros de qualidade da água e realizar a coleta de amostras para detectar a presença de princípios ativos dos pesticidas que podem ter sido liberados no rio.
As notas fiscais dos caminhões que se acidentaram indicam que as cargas incluíam defensivos agrícolas e ácido sulfúrico. No entanto, ainda não há informações definitivas sobre o possível rompimento das embalagens, que, devido ao acondicionamento adequado da carga, podem ter permanecido intactas, segundo nota da Agência.
Dado o risco de contaminação, os mergulhadores não puderam ser acionados para as buscas subaquáticas no local. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou, até a terça-feira (24/12), a morte de quatro pessoas, sendo três mulheres e um homem, e o desaparecimento de 13 pessoas.
Para coordenar a resposta ao desastre, uma “sala de crise” irá se reunir na quinta-feira (26/12). A reunião contará com a participação de representantes da ANA, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e do Ministério da Saúde, com o objetivo de monitorar os impactos do acidente nos múltiplos usos da água da região.
Enquanto isso, técnicos do Dnit estão no local para investigar as causas do desabamento, que, segundo o órgão, ocorreu devido ao colapso do vão central da ponte.