Ex-seguranças que trabalhavam para Hytalo Santos relataram condições de trabalho degradantes e um ambiente marcado por restrições, segundo informações reveladas pela advogada Rayanne Aversari Câmara, à CNN, que representa 12 ex-funcionários.
De acordo com a advogada, os funcionários enfrentavam limitações severas em suas rotinas de trabalho, incluindo restrições ao acesso a banheiros e alimentação regular. Um dos pontos mais críticos era o controle sobre o uso de aparelhos celulares, tanto dos funcionários quanto das crianças e adolescentes que residiam no local.
Ambiente controlado e exposição limitada
Os ex-seguranças tinham visibilidade apenas parcial do que acontecia no interior da residência, onde ocorriam as gravações de conteúdo. A advogada destacou que havia uma “manipulação de celulares” e os funcionários não possuíam livre acesso às áreas internas da casa.
O caso ganhou maior repercussão após investigação do Ministério Público do Trabalho, que identificou indícios de exploração e possível tráfico humano, especialmente envolvendo crianças e adolescentes que eram utilizados para produção de conteúdo.
Mesmo com acesso restrito a determinadas áreas da residência, os ex-funcionários conseguiram testemunhar situações que consideraram suficientemente graves para realizar denúncias às autoridades competentes. O ambiente de trabalho foi caracterizado como inadequado para qualquer pessoa, sendo especialmente prejudicial para menores de idade.