Um dos acusados pelo assassinato de Filipe Batista dentro de uma sala de raio-x do Hospital Municipal de Brumado, no sudoeste da Bahia, foi condenado a 17 anos e 6 meses de prisão em júri popular.
O crime ocorreu em 28 de abril de 2024. Segundo a denúncia, o homem se passou por acompanhante da vítima para invadir o hospital, com ajuda de um porteiro e de um terceiro homem não identificado, que juntos balearam Felipe 22 vezes.
De acordo com a sentença, a pena foi agravada por reincidência — o réu já havia sido condenado por tráfico de drogas em 2014 — e por ter dificultado a defesa da vítima, que estava com o braço imobilizado, tomando soro e em recuperação de uma cirurgia.
O porteiro acusado de facilitar a entrada da dupla, foi absolvido por falta de provas.
Relembre o caso
Segundo a polícia, os dois criminosos entraram no hospital municipal fingindo ser pacientes. Eles teriam abordado uma enfermeira para obter informações sobre o paciente que era alvo deles. Em seguida, eles foram até a sala de raio-x, onde encontraram Filipe Batista Lobo, que foi baleado e morreu no local.
Câmeras de segurança do hospital registraram a entrada dos criminosos na unidade. Nas imagens, é possível ver o momento em que os dois homens armados entram, às pressas, por um dos corredores do hospital. Poucos minutos depois, os indivíduos retornam pelo mesmo corredor, após terem cometido o assassinato.Em outro ângulo, os suspeitos chegam a apontar uma arma para uma funcionária do hospital. Após ser ameaçada, ela entra em uma sala próxima enquanto a dupla foge.
O homem que foi baleado deu entrada na unidade hospitalar, com ferimentos de arma de fogo decorrentes de uma tentativa de homicídio que havia sofrido anteriormente.
Em nota divulgada pela Polícia Civil da Bahia na época, a vítima disse que, antes de ser internada, ela teve a casa invadida por homens armados, onde foi alvejado pela primeira vez.