Os contratos futuros do açúcar demerara recuam 1,55% na abertura do pregão desta quinta-feira (15), na bolsa de Nova York. Os lotes com entrega para julho operam a 17,80 centavos de dólar por libra-peso.
De acordo com a Trading Economics, a queda se dá em meio ao recuo dos preços do petróleo e ao otimismo em relação às negociações comerciais entre EUA e China.
“Ao mesmo tempo, o sentimento do mercado permanece fortemente influenciado pelos acontecimentos no Brasil, onde a safra 2025/26 está em andamento. Embora o clima recente tenha sido favorável, espera-se que a produção diminua devido aos impactos persistentes da seca e dos incêndios florestais da última temporada”, afirma o boletim diário da consultoria.
De acordo com dados divulgados pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), a produção de açúcar na região Centro-Sul do Brasil totalizou 856,16 mil toneladas na segunda quinzena de abril, queda de 53,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. A corretora StoneX observou que os aumentos de produção previstos devem manter os preços do açúcar sob pressão nos próximos meses.
Os papéis de mesmo prazo do cacau, depois de saltarem na bolsa, caem 1,23% e operam a US$ 9.786 a tonelada. Os fundamentos não mudaram e o mercado indica volatilidade, entre altas e baixas, enquanto o preço do cacau se mantém nos maiores valores de maio.
No caso do café arábica, ocorre o inverso. Os futuros sobem 0,48% e custam US$ 3,6620, depois de uma queda forte nos últimos pregões. A previsão de safra no Brasil ainda é incerta, mas a demanda segue resiliente e há um otimismo com o volume de café conilon a ser colhido, o que deve compensar o volume do arábica, conforme informou o Rabobank, ontem.
Nos contratos com prazo para julho do algodão, o movimento é de leve desvalorização, de 0,21%, operando a 65,34 centavos de dólar por libra-peso.