As exportações brasileiras de ovos para os Estados Unidos dispararam 816% entre janeiro e abril de 2025, ao todo foram exportados cerca de 5,569 mil toneladas no período.
A informação foi divulgada pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), nesta segunda-feira (12).
O salto nas importações por parte da economia norte-americana deve-se ao surto de gripe aviária que o país enfrenta e que deve ser responsável pelo aumento de 41% no preço do item nas prateleiras do país esse ano.
Ao todo, o Brasil exportou 4,3 mil toneladas em abril, volume 271% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, com 1,17 mil toneladas.
Em termos de receita, os embarques geraram US$ 10,57 milhões, valor 252,9% maior que o obtido em abril de 2024, quando as exportações totalizaram US$ 2,99 milhões.
Com o desempenho do mês, o acumulado do quadrimestre de 2025 alcança 13 mil toneladas, alta de 133,8% em relação ao mesmo período do ano passado, com 5,5 mil toneladas.
A receita no período chegou a US$ 28,3 milhões, alta de 152,6%, em relação ao mesmo período de 2024, com US$ 11,2 milhões.
De acordo com o presidente da ABPA, Ricardo Santin, o mês de abril mantém o ritmo positivo das exportações de ovos, com presença crescente do produto brasileiro em mercados de alto valor e rigor sanitário.
“Os embarques estão mais diversificados e com presença em mercados que demandam produtos com alto padrão de qualidade, abrindo caminho para a consolidação de fluxos duradouros”, complemente Santin.
Destinos de abril
Entre os países que lideraram as importações do insumo no período estão os Estados Unidos, com 2,8 mil toneladas embarcadas e receita de US$ 6,3 milhões.
O Japão aparece na sequência, com 371 toneladas e receita de US$ 777 mil.
“A ampliação das vendas para os Estados Unidos e o Japão, por exemplo, reforça a confiança internacional na qualidade e na segurança da nossa produção”, destaca o presidente da ABPA.
Confira destaques positivos e negativos no período:
- México: 242 toneladas embarcadas – país que retoma posição entre os principais compradores;
- Uruguai: 83 toneladas (+18,6%), com receita de US$ 406 mil (+61,6%);
- Libéria: 15 toneladas (+36,7%) com receita de US$40 mil (+51,9%).
- Chile: 638 toneladas (-11,7%), com receita de US$ 1,58 milhão (-8,4%);
- União Europeia: 22 toneladas (+64%), com receita de US$30 mil (-21,6%);