Presidente do Flamengo entre 2013 a 2018, Eduardo Bandeira de Mello se manifestou sobre a decisão da Justiça de absolver sete réus no caso do incêndio do Ninho do Urubu. Excluído do processo, o ex-dirigente foi inicialmente denunciado pelo Ministério Público por incêndio culposo qualificado, homicídio culposo e lesão corporal culposa.
“Ontem, o juiz da 36ª vara criminal reconheceu exatamente o que viemos falando durante esse tempo todo ao absolver todos os acusados e tecer duras críticas à investigação e à denúncia do MP. Embora essa decisão não apague a dor do processo, ela põe fim a um ciclo de desgaste e permite que as atenções se voltem para a identificação e responsabilização dos verdadeiros culpados”, escreveu o ex-presidente em nota.
Bandeira de Mello também reafirmou a “solidariedade com as famílias das dez vítimas, que ainda merecem uma resposta completa e definitiva sobre as causas e responsáveis por esta tragédia”.
Além disso, o ex-presidente do Flamengo teceu duras críticas à investigação feita pela Polícia Civil. “Parcial, mal feita, incompleta e contaminada por interferências externas (conforme confessado pelo próprio delegado)”, escreveu.
Confira a nota na íntegra:
Em primeiro lugar, gostaria de reafirmar minha profunda solidariedade com as famílias das dez vítimas, que ainda merecem uma resposta completa e definitiva sobre as causas e responsáveis por esta tragédia.
Há quase 7 anos venho afirmando que:
(i) a investigação feita pela Policia Civil do RJ foi parcial, mal feita, incompleta e contaminada por interferências externas (conforme confessado pelo próprio delegado); e
(ii) a denúncia feita pelo promotor do MP/RJ escolheu, usando as palavras do próprio juiz do caso, uma “estratégia acusatória abrangente, mirando em posições de destaque ou visibilidade institucional”, em detrimento da correta apuração dos fatos, movido por razões incertas.
Ontem, o juiz da 36a vara criminal reconheceu exatamente o que viemos falando durante esse tempo todo ao absolver todos os acusados e tecer duras críticas a investigação e a denúncia do MP.
Embora essa decisão não apague a dor do processo, ela põe fim a um ciclo de desgaste e permite que as atenções se voltem para a identificação e responsabilização dos verdadeiros culpados.