Melina Fachin, filha do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, se juntou nesta quarta-feira (15/10) à campanha para que uma mulher seja indiciada ao cargo de ministro do Supremo: #umamulhernostf.
Após o anúncio da aposentadoria de Luís Roberto Barroso na quinta-feira (9/10), o STF tem uma vaga a ser preenchida, por indicação do presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT). Atualmente, apenas uma mulher — a minstra Cármen Lúcia — compõe o grupo de 11 ministros da Suprema Corte.
Melina, professora de direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR), compartilhou uma série de posts cobrando uma indicação feminina ao Supremo.
“O Brasil é feito por mulheres. O STF também precisa ser”, diz uma das publicações.
A professora também publicou uma frase de Ruth Bader Ginsburg, ex-juíza da Suprema Corte dos Estados Unidos (EUA), que foi conhecida por ser uma forte defensora do direito das mulheres.
A frase de Ruth na publicação diz: “Às vezes, me perguntam: ‘Quando haverá o suficiente (mulheres na Suprema Corte)?’. Minha resposta é: quando houver nove. As pessoas ficam chocadas. Mas já houve nove homens, e ninguém levantou questões sobre isso.”.
Inaugurado em 1891, o STF teve apenas três ministras mulheres em sua história:
- Ellen Gracie, indicada por Fernando Henrique Cardoso em 2000;
- Cármen Lúcia, indicada por Lula em 2006; e
- Rosa Weber, indicada por Dilma em 2011.
Lula é pressionado pela indicação de uma mulher à vaga, mas tem alguns nomes de homens cotados: o advogado-geral da União, Jorge Messias; o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas; e o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) são vistos como possíveis indicações do presidente da República.
Essa será a terceira indicação de Lula ao STF durante o terceiro mandato. O petista indicou Cristiano Zanin, em 2023, e Flávio Dino, em 2024.