Os contratos futuros de grãos abrem em baixa na Bolsa de Chicago nesta quarta-feira (15/10). A soja recua 0,25%, sendo negociada a US$ 10,0400 por bushel nos contratos com vencimento em novembro. A pressão sobre os preços reflete o avanço rápido da colheita nos Estados Unidos e o aumento das tensões comerciais com a China, após novos desdobramentos nas relações bilaterais.
Na terça-feira (14/10), o ex-presidente Donald Trump afirmou que pode suspender as compras de óleo de cozinha usado (UCO) da China, em resposta à decisão de Pequim de interromper as importações de soja americana. Apesar de o volume de importações de UCO ser reduzido em 2025, a medida é interpretada como uma forma de priorizar o uso interno de óleo de soja nos EUA, após a retirada de incentivos fiscais à importação do produto chinês, segundo avaliação da consultoria Granar.
O milho com entrega para dezembro também registra queda, recuando 0,36%, cotado a US$ 4,1150 por bushel. O movimento é atribuído ao ritmo acelerado da colheita norte-americana, às incertezas comerciais e às boas projeções para a safra na Argentina. A consultoria aponta, contudo, que a resistência dos produtores em aceitar os preços atuais e o bom desempenho das exportações dos EUA ajudam a conter uma desvalorização mais acentuada.
Já o trigo apresenta a maior retração entre os grãos, com queda de 0,95%, a US$ 4,9550 por bushel nos contratos de dezembro. O recuo ocorre após uma leve recuperação no pregão anterior e reflete o cenário de ampla oferta global. O mercado segue atento à chegada da nova safra do Hemisfério Sul, com boas estimativas para as colheitas na Austrália e na Argentina, o que mantém os compradores cautelosos.