Ausente do evento após ter recebido um visto limitado do governo dos Estados Unidos, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou nesta sexta-feira (26/9) que o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) representou uma “vacina” contra negacionistas da saúde e das mudanças climáticas. O ministro também celebrou a “química” de Lula com o presidente dos EUA, Donald Trump.
A declaração ocorreu durante a cerimônia de posse do Conselho Federal de Participação Social da Bacia do Rio Doce e Litoral Norte Capixaba (CFPS Rio Doce), no Palácio do Planalto.
“O senhor [Lula], na verdade, aplicou uma vacina para toda aquela Assembleia ao inaugurar seu discurso. Uma vacina que impediu qualquer negacionista da saúde poder brilhar naquela Assembleia da ONU. Uma vacina que impediu qualquer um que nega o impacto das mudanças climáticas e a importância da COP30 poder brilhar na Assembleia da ONU”, elogiou o ministro.
Em sua fala, Padilha também chamou Lula de “maior estadista do mundo” e fez referência ao discurso do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que afirmou ter acontecido “uma química” com o presidente brasileiro.
“Não é atoa que rolou uma química. Não é só pela sua simpatia e pela sua autoridade. É porque o senhor seguiu aquilo que a minha vó: só é respeitado quem se respeita. O senhor, diante dos Estados Unidos na Assembleia da ONU, mostrou que o Brasil vai ser respeitado sem baixar a cabeça, sem negar sua soberania e sem bater continência para a bandeira de outro país”, ressaltou.
Na última terça-feira (23/9), o presidente Lula abriu a Assembleia da ONU com um discurso em defesa da soberania brasileira, além de abordar temas como o meio ambiente e o conflito na Palestina. Após a fala, o chefe do Executivo teve um rápido encontro com o titular da Casa Branca, onde eles concordaram em conversar sobre o tarifaço.