A oferta de animais esteve boa nesta quinta-feira (18/9) e o consumo de carne bovina permaneceu estável. Com isso, os frigoríficos ficaram com escalas de abate mais alongadas e reduziram o ritmo das compras, estabilizando os preços na maioria das regiões pecuárias, informa a Scot Consultoria.
Nas praças de Araçatuba (SP) e Barretos (SP), referências para o mercado, a cotação do boi gordo, da vaca e da novilha não tiveram mudanças em relação ao dia anterior. No caso do boi, o preço da arroba permaneceu em R$ 307 para o pagamento a prazo.
No mercado externo, embora a exportação tenha apresentado bom desempenho, a queda do dólar reduziu a margem dos exportadores, o que pesou contra a cotação da arroba do “boi China”, que caiu R$ 2, para R$ 310.
Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os compradores intensificaram a pressão sobre os preços dos animais para abate desde o final da semana passada. Em geral, quem reajusta para baixo, mantém os valores nos dias seguintes.
Pecuaristas de Mato Grosso e de São Paulo, grandes confinadores, têm sentido mais o impacto da baixa procura. Já Mato Grosso do Sul é o Estado onde os preços têm se mantido mais firmes. No Rio Grande do Sul, as cotações também se sustentam.
O Cepea destaca que o ritmo de cada região acaba sendo dado pelas escalas, que estão variadas. Em São Paulo, estão entre 10 e 16 dias. Em Mato Grosso do Sul, vão de 8 a 12 dias. Em Goiás, o Centro de Estudo registrou escala para apenas cinco dias e, em outra praça, chegando a 16. Já em Mato Grosso e Minas Gerais os prazos estão mais alongados, de 10 a 21 dias.