A unidades produtoras da região Centro-Sul processaram 50,06 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na segunda quinzena de agosto, ante a 45,23 milhões no mesmo período da safra 2024/225 – o que representa um aumento de 10,68%. A informação da é da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica).
No acumulado da safra 2025/26 até primeiro de setembro, a moagem atingiu 403,94 milhões de toneladas, uma queda de 4,78% em relação ao período análogo de 2024/25.
Na segunda quinzena de agosto, 257 unidades produtoras na região Centro-Sul estavam em operação, sendo 237 unidades com processamento de cana, dez empresas que fabricam etanol a partir do milho e dez usinas flex. No mesmo período, na safra 2024/25, operavam 261 unidades produtoras.
Em relação à qualidade da matéria-prima, a Unica informou que o nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) registrado na segunda quinzena de agosto atingiu 149,79 kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar, variação negativa de 3,87%. No acumulado da safra, o indicador marca 131,76 kg de ATR por tonelada, registrando retração de 4,16%.
Dados apurados pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) indicam que, no acumulado de abril a agosto, a produtividade agrícola atingiu 79,3 toneladas por hectare colhido, em média, nas lavouras do Centro-Sul. Esse número representa uma retração de 8% em relação ao índice registrado no mesmo período do ciclo anterior.
O diretor de Inteligência Setorial da Unica, Luciano Rodrigues, destaca que “a queda de 8% no TCH somada à perda de 4% no ATR resultou em uma redução de 12% na quantidade de ATR por hectare colhido (TAH), prejudicando a quantidade de produtos extraída por unidade de área”.
Com exceção do Paraná e da região de Assis, em São Paulo, a queda do TAH foi generalizada no Centro-Sul, chegando a 12,3% em São Paulo, 16,3% em Goiás e 22,6% em Minas Gerais, concluiu o executivo.
Açúcar e etanol
A produção de açúcar na segunda metade de agosto totalizou 3,87 milhões de toneladas, aumento de 18,21%. No acumulado desde o início da safra até 1º de setembro, a fabricação do adoçante totalizou 26,76 milhões de toneladas, queda de 1,92%.
A fabricação de etanol pelas unidades do Centro-Sul atingiu 2,42 bilhões de litros, sendo 1,46 bilhão de litros de etanol hidratado (-7,61%) e 964,57 milhões de litros de etanol anidro (+8,34%). No acumulado do atual ciclo agrícola, a fabricação do biocombustível totalizou 18,48 bilhões de litros (-10,05%), sendo 11,57 bilhões de etanol hidratado (-11,57%) e 6,91 bilhões de anidro (-7,40%).
Do total de etanol obtido na segunda quinzena de agosto, 16,77% foram fabricados a partir do milho, registrando produção de 405,92 milhões de litros neste ano, aumento de 17,45% na comparação anual. No acumulado desde o início da safra, a produção de etanol de milho atingiu 3,73 bilhões de litros – avanço de 19,81%.
Vendas de etanol
No mês de agosto, as vendas de etanol totalizaram 2,93 bilhões de litros. O volume comercializado de anidro foi de 1,16 bilhão de litros – avanço de 1,73% – enquanto o etanol hidratado registrou venda de 1,77 bilhão de litros – recuo de 10,36%.
No mercado doméstico, o volume de etanol hidratado vendido pelas unidades do Centro-Sul totalizou 1,69 bilhão de litros, o que representa uma retração de 8,36% em relação ao mesmo período da safra anterior. A venda de etanol anidro, por sua vez, atingiu a marca de 1,11 bilhão de litros, registrando avanço de 6,87%.
No acumulado desde o início da safra até 1º de setembro, a comercialização de etanol pelas unidades do Centro-Sul somou 14,41 bilhões de litros, registrando retração de 3,38%. O volume acumulado de etanol hidratado totalizou 9,09 bilhões de litros (-6,28%), enquanto o de anidro alcançou 5,32 bilhões de litros (+2,00%).