Vermelho Sangue, nova série Original Globoplay, estreia no dia 2 de outubro, reunindo fantasia, terror e romance em uma história ambientada na fictícia cidade de Guarambá, onde vivem criaturas fantásticas como vampiros, lobisomens e lobimoça. Escalada para o papel da vilã Celina, a jovem atriz luso-brasileira Laura Dutra, de 27 anos, conta o que a motivou para atuar na trama de Claudia Sardinha e Rosane Svartman.
“Quando li o roteiro, fiquei muito empolgada por entender que iríamos abordar temas com uma naturalidade que, a meu ver, precisam ser cada vez mais presentes. A Rosane e a Claudia têm essa sensibilidade de provocar emoções e criar uma história que foge do esperado”, diz Laura.
Ela conta que Vermelho Sangue trará debates atuais. “A série também aborda a autoaceitação do corpo da loba, a tentativa de entender e a mudança de perspectiva sobre querer ou não mudar seu corpo. Tocamos em temas importantes e cruciais da juventude de uma forma leve e natural”, afirma a atriz, que nasceu em Lisboa e se dividiu durante a infância entre Portugal e Brasil.
Filha de um artista plástico e de uma psicóloga, Laura começou a atuar nos palcos quando tinha apenas 12 anos, participando do grupo Teatro Independente de Oeiras, em Portugal. Aos 17, estreou no audiovisual e esteve em produções dos canais portugueses SIC, RTP e TVI.
Vermelho Sangue
Vermelho Sangue terá 10 episódios — os seis primeiros estreiam no dia 2 de outubro na Globoplay, enquanto os quatro finais chegam no dia 9 no streaming. A trama conta com Luna (Leticia Vieira) e Flora (Alanis Guillen) como protagonistas, enquanto Celina (Laura Dutra) é a antagonista.
“A Celina é cria da chefe do clã dos vampiros e traz, ao longo desses 288 anos, muita malícia com ela. Foi uma personagem muito divertida de explorar, pois é meu primeiro papel como vilã. Na série, temos um núcleo de vampiros, quase uma família. São pessoas que foram resgatadas há séculos em situações de perigo, resgatadas por Elizabeta (Alli Willow) — líder do clã — e transformadas em seres imortais”, explica a atriz.
Personagem com mais de 200 anos
Na história, Celina tem quase 290 anos, mas mantém “traços, interesses e hormônios” de uma jovem de 20. “Participar desse projeto foi uma aventura deliciosa. No set, sempre debatíamos o quão bom é ser imortal, pois se vê a vida passar enquanto se mantém a mesma idade e hormônios. Celina foi transformada aos 20 anos, e exploramos como essa imortalidade não é tão simples ou maravilhosa quanto parece. Buscamos trazer humanidade e sentimentos para esses seres imortais”, diz Laura.
Ela também acredita que a personagem pode cair no gosto dos telespectadores. “O público é apaixonado por vilãs, e busquei trazer muita diversão e ironia para a Celina. As emoções dela afloram e ela vai se apaixonar por uma pessoa inesperada na trama. A Celina promete uma desconstrução instigante”, adianta.
Mudança no visual
Laura participou ativamente da construção da estética da personagem e grande parte das mudanças tiveram sua influência. “Um exemplo são as unhas, para as quais escolhi cores e formatos bem marcantes. No cabelo, eu estava com um castanho super básico e comprido. Ao vestir as roupas, senti que faltava algo. Sugeri um corte radical, que foi super de encontro com o que a chefe de caracterização imaginava”, conta ele.
“Ajudei a pesquisar ideias de cortes, e foi um projeto onde pude ousar nas escolhas. Tinha dias que eu me olhava no espelho e não me reconhecia. Além disso, no figurino a Celina traz adereços e um estilo dos anos 80, como a calça boca de sino, que hoje está super atual. Apostamos em uma mistura de coisas atuais e antigas, achei essa combinação maravilhosa porque tudo se interligou muito bem”, afirma a atriz.
Desafios como vampira
Vermelho Sangue foi um desafio para Laura. “Na série, temos muitas cenas desafiadoras, mas as mais impactantes são as de morte. Imagina eu, como vampira, tendo que tirar a vida de alguém, são cenas que exigiram bastante da minha personagem, principalmente com essa parada de sugar o sangue das pessoas, que exige bastante força”, conta.
“Também tivemos momentos intensos no quarto dos vampiros, conseguimos demonstrar essa tensão quando tínhamos que beber a bolsa de sangue resistindo aos humanos ou aplicando o injetável na pele para resistir à luz solar. Na sequência, já estávamos ‘rindo’ juntos. Tivemos uma conexão muito forte em cena. Foi muito gostoso trabalhar com o Pedro Alves, que interpreta o Michel. A gente conseguia brincar com as facetas dos personagens de uma maneira muito interessante”, completa a atriz.